“Vocês são os nazistas da atualidade!”; diz secretário de Saúde do MS a negacionistas

Veja o vídeo: Chefe da pasta soltou o verbo em audiência com cidadãos que se recusam a tomar vacina. “Falam de liberdade e vão pras ruas pedir intervenção militar"

Secretário estadual de Saúde de MS, Geraldo Resende. Foto: Redes Sociais/ Reprodução

O secretário de Saúde de Mato Grosso do Sul, Geraldo Resende, soltou o verbo e resolveu falar umas verdades aos negacionistas do movimento antivacina, durante uma audiência pública que tratava do passaporte imunitário em seu estado, na tarde de ontem (27).

“Muitas vidas foram salvas, inclusive daqueles que querem interditar o importante debate de hoje, porque muitos dos que gritam agora “liberdade, liberdade”, são aqueles que vão às ruas pedir intervenção militar, pedir para fechar o Congresso Nacional, para fechar o STF. Que liberdade é essa, quando querem derrotar instrumento da democracia, construídos por todos nós, da minha geração?”, começou o médico, que é membro do primeiro escalão do governo tucano de Reinaldo Azambuja, fortemente ligado ao bolsonarismo.

Mas o recado mais potente, sincero e corajoso veio na continuação de sua intervenção, quando o secretário chamou a coisa pelo nome e fez referências e analogias históricas diretas contra o movimento anticiência patrocinado pelo governo federal.

“Não tenho medo do debate (…) Onde vocês quiserem estabelecer esse debate, eu estarei lá, para dizer a vocês, nazistas e fascistas da atualidade, que vocês não vão prosperar! Nosso povo haverá de derrotá-los. Haverá de colocá-los na lata de lixo da história”, continuou.

Para encerrar, Resende marcou posição e afirmou que manterá a exigência do passaporte imunitário no Mato Grosso do Sul, sem recuar, finalizando com uma frase de ordem antifascista bem conhecida.

“E eu vou dizer mais ainda: em todos os cantos do Mato Grosso do Sul, defendo integramente que a gente avance com o passaporte imunitário, porque não podemos, de forma nenhuma, fazermos com que essa doença, que já matou quase 10 mil pessoas no Mato Grosso do Sul volte a ceifar mais vidas. Avante! Não passarão!”, encerrou.