
A morte da sul-mato-grossense Ana Clara Benevides, de 23 anos, no show da cantora Taylor Swift, na semana passada, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) recebeu pelo menos 26 projetos de lei, para disponibilização de água e medidas de segurança em grandes espetáculos.
Conforme informações do Extra, uma das propostas para mudar a dinâmica de grandes shows no estado foi nomeado de Protocolo Ana Clara Benevides. De autoria do deputado Márcio Canella, o projeto prevê a liberação da entrada de uma garrafa de água transparente, de até um litro, por pessoa nas apresentações.
Além disso, os organizadores não poderão proibir, a qualquer pretexto, o ingresso do público com água potável, sob pena de coerção policial para a garantia desse direito. Com espetáculos de grande porte, a proposta se refere a qualquer apresentação cultural, artística, desportiva ou social, gratuita ou pago, com público superior a 30 mil pessoas no local, seja em ambiente aberto ou fechado.
Se aprovado, quem tiver o ingresso poderá entrar no evento com uma garrafa de água transparente, de até um litro. A embalagem deverá ser de material flexível ou não rígido, contendo apenas água. A tampa deverá ser de plástico. O líquido poderá ser congelado, desde que isso não atrapalhe a fiscalização.
Portaria do Governo Federal
Após determinação do ministro da Justiça, Flávio Dino, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) estabeleceu regras para proteger a saúde de consumidores em shows, festivais e grandes eventos nos períodos de alta temperatura.
A medida – publicada nesta quarta-feira (22) no Diário Oficial da União – foi uma resposta às denúncias envolvendo o show de Taylor. Agora, com a determinação, os responsáveis pela produção de eventos terão a obrigação de disponibilizar bebedouros e água adequada para consumo em pontos que permitam o fácil acesso à hidratação de todos os espectadores.
O resgate rápido de participantes em casos de alguma necessidade de saúde ou situação de perigo também deverá ser garantido.
Ana Clara foi enterrada em MS
A estudante era natural de Pedro Gomes, onde foi enterrada na terça-feira (21). Ela passou mal no início do espetáculo no Engenhão, na sexta-feira (17), onde desmaiou e acabou morrendo. Uma equipe médica tentou reanimá-la ainda no estádio.
Foram pedidos exames complementares para apurar a causa da morte, mas um laudo pericial inicial aponta a morte por hemorragia no pulmão. O laudo mostra pequenos sangramentos no órgão da jovem.
O corpo de Ana chegou de avião em Campo Grande, três dias após a morte no Rio de Janeiro. Da Capital de MS, seguiu para Sonora, onde foi velada durante a noite e madrugada. Depois, foi encaminhada para Pedro Gomes, município que nasceu.
Após um velório na sua cidade de nascença, cortejo acompanhou o caixão até o Cemitério Municipal. Ana nasceu em Pedro Gomes, mas viveu grande parte da vida em Sonora até se mudar para Rondonópolis para fazer faculdade.