
Intenção, paixão, consciência e propósito. Assim como o ditado popular em que “de grão em grão a galinha enche o papo”, o projeto Mil pelo Planeta atua de semente em semente para tornar o mundo mais verde e arborizado. Além de uma ação social, o plano é atuar no reflorestamento de árvores. Ao todo, mais de 13 mil mudas foram plantadas pelos colaboradores e voluntários, criando raízes por todo o mundo.
O projeto atua de forma voluntária e como uma empresa. O trabalho mais recente que vem sendo colocado em prática pelo Mil pelo Mundo é o reflorestamento de uma área degradada, em Nova Andradina (MS) – a 298 km de Campo Grande. Mais de 16 mil árvores serão plantadas em uma área de Cerrado completamente desgastada.
“Estamos plantando ao entorno de uma usina, em Nova Andradina. Esta empresa nos contratou, nosso primeira demanda paga. A usina tem uma reserva legal e fomos chamados para parte do reflorestamento desta reserva. Essa região sofre com erosão, o córrego que passa por aqui está sofrendo. Por causa deste afluente, a reserva é muito importante”, detalha o coordenador do projeto, Neo Ávila.
Nesta região em específico, serão plantadas 16.500 mudas no sistema agroflorestal. Neo explica que as árvores plantadas, em Nova Andradina, expressa um total maior do que já plantaram em quase dois anos de projeto.
“Ao todo serão seis semanas de trabalho. Plantar é um aprendizado muito grande, uma conexão direta com a terra. É um aprendizado enorme, para o Mil pelo Planta, para os plantios futuros que vamos fazer em reserva legais e em áreas bem degradadas”, comenta Neo.
Roda de Conversa
O Mil pelo Planeta nasceu em um conversa, muito pretenciosa, em Bonito (MS), point do ecoturismo brasileiro, quando Neo batia um papo com uma amiga. O coordenador do projeto havia mudado recentemente para a região de águas cristalinas.
Da conversa informal, Neo e a amiga resolveram plantar uma árvore em 21 de setembro de 2020. O plantio desta muda se transformou no Mil pelo Mundo.
“Durante o plantio, foi uma maneira de colocarmos nessa ação a insatisfação que tínhamos, estávamos em um momento de muitas queimadas, precisávamos fazer algo. Neste plantio, vimos que tinha muita gente que queria fazer algo e achamos várias pessoas que queriam fazer o plantio em outros locais”, relembra sobre o nascimento do projeto.
De Bonito, Neo partiu para outros rumos. O Mil pelo Mundo levantou uma rede de voluntários e espalhou o propósito por vários lugares. Além de áreas de Mato Grosso do Sul, o projeto chegou a plantar 1000 árvores na Argentina.
“Eu vejo que tem um mundo de possibilidades, surgimos como solucionadores de problemas, que incluem os sociais. O Mil pelo Planeta é catalizador de anseios da sociedade, buscamos ar mais puro, alimentação para sociedade, retorno de água para os rios e um regime de chuva mais constante. Somos um catalizador de grandes mudanças”, enfatiza.
Movimento de plantar
Neo explica que o Mil pelo Planeta vai além de um projeto direcionado a apenas um grupo. A ação atua em várias frentes de voluntariado, levando plantios gratuitos que são “plantios feitos para uma troca de cultura, experiências e conhecimentos”.
“O Mil pelo Mundo, se sintetizarmos, planta árvores. Não somos apenas uma empresa que planta árvores, somos um movimento. Reflorestar passa a ser não só uma maneira de contribuir com o mundo, conseguimos unir profissionais de vários áreas, todos contribuem da forma melhor que podem para o avanço do grupo”.
Com o modelo agroflorestal adotado nos plantios, além das árvores reflorestadas, todo um ecossistema se estabelece com a plantação. “O modelo agroflorestal planta além de árvores frutíferas e gera uma floresta, que vira alimento para as pessoas e animais. Há o retorno da vida silvestre também”.
“Colocamos intenção nas mudas para que ela realmente floresça. Trabalhamos com garra e suor, criamos convivência. O grupo se fortalece em diversos aspectos. Como toda árvore cria raízes, nós estamos criando raízes bem profundas para criarmos galhos no futuro”, finaliza Neo.
Para acompanhar a ação e saber sobre os plantios, acesse as redes sociais do projeto por este link.