
Nesta terça-feira (13), professores das redes municipal e estadual do município de Brasilândia aderiram à paralisação nacional contra a reforma da previdência e os cortes na educação.
Escolas fecharam suas portas e cerca de trinta professores foram às ruas protestarem e mostrar que “professores lutando, também estão ensinando”. Foram entregues cópias de uma carta aberta feita pela FETEMS, em que foram expostos os motivos da paralisação, dos quais se destacam a reforma, a redução nos recursos educacionais e a retirada de direitos feita por Reinaldo Azambuja.
Os profissionais se reuniram em frente à praça Ramez Tebet e seguiram em caminhada por algumas ruas da cidade, em meio a “gritos de guerra”, assobios e exposição de cartazes.
O que se espera é que essas reivindicações sejam ouvidas e que os direitos dos trabalhadores sejam verdadeiramente respeitados.
De acordo com o presidente da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems), Jaime Teixeira, a paralisação que acontece em duas vertentes. “Essa paralisação em nível nacional tem dois pontos de luta, nós não desistimos de lutar contra a Reforma da Previdência também no Senado, nós entendemos que alguns pontos podem ser mudados no Senado então a classe trabalhadora vai continuar pressionando os senadores para que não aceite integral o que foi aprovado e aceite os pontos apresentados da oposição. O outro ponto que intensificou em nível nacional foi o R$ 7,5 bilhões que o Bolsonaro cortou desde a educação básica a universidade. Os trabalhadores vão continuar lutando por um país mais democrático e justo”, disse o presidente da federação.
PROTESTO
Para Teixeira, além dos chamados cortes na edução, o protesto é contra a Reforma na Previdência.
Segundo ele, pelo menos 200 unidades de ensino foram afetadas com a paralisação, que acontece em varias cidades: Brasilândia, Nova Alvorada do Sul, Dourados, Ponta Porã, Três Lagoas, Corumbá, Nova Andradina, Coxim, Paraíso das Águas, Amambai, Jardim, Naviraí, Paranaíba e Aquidauana.
Em Dourados, a greve atinge toda a rede municipal, visto que os professores protestam também contra o atraso nos salários.
A expectativa dos sindicalistas é que 20 mil professores aderem à greve em todo o Estado até o final do dia.
A gestão Bolsonaro anunciou na última semana bloqueio de R$ 348 milhões no orçamento do MEC destinado à compra e distribuição de livros didáticos para alunos da rede pública do ensino fundamental.
Com informações de Paula Aparecida da Silva Marim e Rafael Ribeiro