
O mercado está de olho em dados da China nesta semana, que devem impactar não só as commodities como as bolsas ao redor do mundo. Enquanto isso, os balanços das empresas norte-americanas também seguem no radar. Por aqui, o foco é no IBC-Br, indicador conhecido como “prévia do PIB”.
Lá fora, a China divulga hoje uma série de dados, em especial o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre. O mercado observará os indicadores para traçar um panorama de como a segunda maior economia do mundo vem desempenhando, e o resultado pode pesar principalmente sobre os preços de commodities. Além disso, o país também divulga produção industrial, vendas no varejo e os números da balança comercia.
Nos Estados Unidos, a temporada de balanços ganha força, com divulgações importantes. Ainda hoje, o BofA mostra seu balanço antes mesmo da abertura do mercado. Na semana passada, mesmo com queda nos lucros, os balanços dos bancos surpreenderam positivamente e mostraram resiliência mesmo com a entrada dos EUA em recessão técnica. Nos próximos dias, Netflix, Goldman Sachs, IBM e Tesla divulgam seus balanços do terceiro trimestre.
Na agenda econômica, o Livro Bege do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), um relatório sobre as atuais condições econômicas do país, também chama a atenção.
A expectativa do mercado e que o relatório deve reforçar os riscos da inflação, uma vez que o avanço dos preços continua pujante por lá. Assim, a necessidade de continuar com o aperto agressivo dos juros também deve ser reforçada.
No Brasil, os investidores ficam de olho no Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) de agosto. O indicador deve ter registrado queda de 0,50% em agosto na comparação com julho, segundo a mediana de 27 estimativas coletadas pelo Valor Data com instituições financeiras e consultorias.
Agenda
A China apresenta, às 23h (de Brasília) crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre. No segundo trimestre, economia recuou 2,6% ante o trimestre anterior e cresceu 0,4% em bases anuais e a expectativa é de alta de 3,5 (trimestral) e 3,4% (anual).
Além disso, o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS) da China expõe, às 23h (de Brasília), a produção industrial de setembro. Na divulgação anterior, a produção industrial aumentou 4,2% na base anual e a expectativa é de alta de 4,5%.
Também às 23h (de Brasília), a China divulga o resultado das vendas no varejo de setembro. Em agosto, as vendas no varejo aumentaram 5,4% na comparação anual e a estimativa é de alta de 3,3%.
No Brasil, o Banco Central publica, às 9h, o indice de Atividade Econômica (IBC-Br) de agosto. Em julho, o IBC-Br subiu 1,17% na comparação dessazonalizada com junho. Em junho, o indicador teve alta de 0,93% (dado revisado de alta de 0,69%). Em relação ao mesmo período do ano passado, por sua vez, houve alta de 3,87%. Em 12 meses, o IBC-Br subiu 2,09% e no acumulado do ano a elevação foi de 2,52%.
O BC também publica às 8h30 a Pesquisa Focus da semana, com dados coletados até o dia 14 de outubro. Na última divulgação, a mediana das projeções dos economistas do mercado para a inflação oficial brasileira de 2022 caiu, de 5,74% para 5,71%.
A farmacêutica Moderna anunciou que chegou a um acordo com a Aliança Mundial para Vacinas e Imunização (Gavi, na sigla em inglês) para cancelar as entregas de vacinas contracovid-19 restantes no contrato para esse ano, segundo a Dow Jones. A empresa afirmou que o acordo, que previa a entrega de doses do imunizante para países de média e baixa renda, acontece após verificarem que a oferta atual de vacinas é suficiente.