
A candidata do MDB à presidência da República, Simone Tebet, defende – com ênfase – o fim da reeleição, ao menos para os cargos do executivo. No entanto, já viveu os prazeres de se manter no poder, na prefeitura de Três Lagoas.
Conforme histórico, postado no site da própria candidata, em 2004, se elegeu chefe do Poder Executivo de Três Lagoas, a 326 Km da capital Campo Grande. Em 2008, foi reeleita, com 76% dos votos válidos.
No entanto, Simone, filha do falecido ex-presidente do Senado e ex-ministro, Ramez Tebet, não completou o mandato. Se candidatou à vice-governadora do MS, na chapa de André Puccinelli, também do MDB, em 2010. E foi eleita.
Segundo o Correio Braziliense, Tebet falou a uma plateia de grandes varejistas, em São Paulo, onde se comprometeu a não tentar a reeleição. Ela justifica que a busca por um novo mandato incorre em práticas de corrupção e f
“Lula precisou inventar o ‘mensalão’ e o ‘petrolão’ para se reeleger. Com Dilma quase quebramos a Eletrobras. Com o atual presidente, vimos uma série de medidas populistas surgirem”, lamentou Simone.
A sul-mato-grossense disse que, para o País avançar, é preciso que o presidente eleito garanta que não se candidatará novamente.
”Se o próximo presidente for a um cartório e garantir que não é candidato à reeleição”, conseguirá aprovar as reformas”, estimou a candidata ao empresariado, na segunda-feira (15).
Camaleoa
Em 2015, Simone Tebet defendeu a implantação do ”voto impresso”, medida atualmente propagada por Jair Bolsonaro. Em vídeo, ela fez diversos questionamentos sobre confiabilidade das urnas.
”Será que meu voto, depois de depositado lá e processado, se concretiza? Então, para que a gente tire essa dúvida e dê tranquilidade ao eleitor, de que ele vai votar e vai sair ali o nome do seu candidato impresso… ”, disse há sete anos.
No entanto, recentemente, Tebet reconheceu que foi um erro fazer a defesa do voto impresso na ocasião e disse confiar plenamente no sistema de votação do País.