Mulher que enterrou a filha viva é condenada a mais de 39 anos de prisão

Foto: A Onça

Emileide Magalhães, foi condenada a 39 anos e oito meses de prisão por matar a filha, Gabrielly de apenas 10 anos, que foi enterrada viva em 21 de março de 2020 em Brasilândia. A decisão foi tomada no final do julgamento pelo juiz Rodrigo Pedrini Marcos, da comarca de Três Lagoas, ontem (14/1).

Durante o depoimento Emileide afirmou desconhecer que a filha era estuprada pelo padrasto e disse que havia ingerido bebida alcoólica e usado cocaína. Ela negou que tenha cavado o buraco, e disse que enquanto caminhava com a filha no colo caiu dentro, se apoiou no corpinho da menina para sair. “Ela caiu de ponta cabeça nesse buraco”.

Além disso o irmão de Gabrielly, de apenas 13 anos, teve que ajudar a mãe a jogar peles de bichos mortos e terra no buraco para esconder o corpo. Antes de ser jogada no buraco Gabrielly foi enforcada com o fio de telefone. Ao ser questionada sobre o fato, a mãe disse que enterrou porque a menina parecia morta. Mas laudos da perícia apontaram que a menina estava viva quando foi enterrada.

Emileide foi sentenciada por homicídio quadruplamente qualificado, ocultação de cadáver, corrupção de menores e falsa comunicação de crime. Ela também perdeu a guarda dos quatro filhos.

O caso

Gabriely Magalhães, de 10 anos, foi estrangulada com um fio de telefone e enterrada viva de ponta cabeça em março de 2020. A polícia descobriu o crime após Emileide procurar a delegacia e registrar o desaparecimento da menina.

À noite, a mãe telefonou para a polícia e confessou o crime. Ela levou os investigadores até o local onde enterrou a criança.

As investigações apontaram a participação do irmão de 13 anos de idade na morte de Gabriely Magalhães. A motivação do crime foi porque a menina sofria abusos pelo padrasto e teria contado.

Segundo o laudo necroscópico a vítima apresentava lesões pelo corpo, indicando que a criança foi torturada. A causa da morte foi asfixia mecânica por compressão de tórax.

O corpo da menina foi encontrado em Brasilândia onde a criança residia com a família em 21 de março de 2020.