
Mato Grosso do Sul bate novo recorde de internações por covid-19 nesta semana. De acordo com o boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (10) pela Secretaria de Estado de Saúde, atualmente 754 pacientes estão hospitalizados em leitos clínicos ou UTI’s (Unidades de Terapia Intensiva) em hospitais públicos e privados.
Quanto a ocupação de leitos de terapia intensiva, a macrorregião de Campo Grande tem 106% dos leitos ocupados. O excedente de 6%, de acordo com a SES é justificado por “leitos não habilitados pelo Ministério da Saúde”.
“É um aumento bastante expressivo que impacta na superlotação de hospitais privados e públicos, impacta em possível falta de insumos, anestésicos, kits de intubação, recursos humanos”, ressaltou a secretária-estadual de Saúde, Crhstinne Maymone, durante live para divulgação do boletim.
O boletim epidemiológico detalha que nas últimas 24 horas foram mais 1,2 mil infectados e 25 mortes por covid. Com isso o total de casos confirmados da doença sobe 190 mil desde o início da pandemia e 3.516 óbitos.
Durante a transmissão ao vivo dos dados, o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, ressaltou a maior parte dos pacientes na Capital são da cidade, e não do interior do Estado. “A maioria dos pacientes do interior estão sendo tratados no interior. Pacientes da Capital estão sendo tratados, em sua ampla maioria, no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul”
Nesta semana, ainda conforme Resende, já foram implantados mais 5 leitos no hospital da Universidade Federal da Grande Dourados e a ideia é que mais 5 sejam implantados no hospital particular da cidade. Além disso, também está previsto mais 10 leitos para Três Lagoas, 5 em Aparecida do Taboado, 3 em Coxim.
O secretário reforçou que não adianta os esforços e abertura de leitos por parte das autoridades, se faltar medidas duras e consciência. “Não basta só abertura de leitos da UTI, precisamos de ter medidas vigorosas, corajosas, pra gente poder evitar mortes. O Estado de MS fez e faz opção pelas vidas, nós, desde o começo da pandemia, dizemos e estamos nesse caminhar pela ciência”.