MP e Polícia Civil investigam ameaça de réu por assassinato a delegado: ‘pode me esperar o resto da vida dele’

Afirmação foi feita em interrogatório judicial em Campo Grande que foi gravado em vídeo.

Réu ameaça delegado — Foto: TJMS/Reprodução

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul e a Polícia Civil vão abrir investigação contra réu em processo por homicídio que, diante de magistrado, de promotora e de dois advogados, fez ameaça direta à autoridade policial responsável pela investigação que o levou para a cadeia.

“A Polícia não gosta de mim. E o doutor Carlos Delano acabou com a minha vida”. Eu vou falar, se eu for condenado num b.o que eu não fiz, que eu não tenho nada a ver, o doutor Carlos Delano pode me esperar o resto da vida dele, porque eu vou me acertar com ele, porque o que ele tá fazendo, ele não é homem”, foi a fala do acusado, de 24 anos.

Tudo foi gravado, no dia 31 de maio, durante audiência por vídeo, entre o Fórum de Campo Grande e o presídio de segurança máxima estadual da saída para Três Lagoas, onde o acusado cumpre prisão preventiva.

“Sozinho” – “Ninguém desses daí têm nada a ver. O pivô desse crime sou eu”, declarou, na mesma audiência, Márcio Douglas Pereira Rodrigues, 24 anos, apelidado de “Cone” ou “Articulador”, ao responder sobre o assassinato de Maikel Martins Pacheco, de 19 anos.

Ao dizer isso, ele tenta livrar de culpa outros cinco réus da ação penal, enquadrados em homicídio qualificado e ocultação de cadáver, segundo a denúncia da promotoria.

Na versão de “Cone”, apenas outros dois homens participaram do crime, mas já estão mortos.

O cadáver da vítima nunca foi achado, mas, ainda assim, o trabalho policial recolheu indícios suficientes de autoria. Havia, por exemplo, sangue de Maikel no veículo usado para transportá-lo até o lugar onde foi assassinado a golpes de facão.

Na fase de inquérito, Márcio Douglas confessou o crime e deu detalhes em depoimento gravado na delegacia. Nessa etapa, negou ter sofrido violência.

Esse não, aquele sim – Alvo de outro processo por assassinato, em condições semelhantes, ele negou em abril do ano passado ter participação naquele caso, mas confessou ter sido ele o autor do homicídio de Maikel, conhecido como “Maikinho”.

Essa declaração foi juntada ao feito pelo juiz Carlos Alberto Garcete, que cuida dos dois casos.

Quando chegou o interrogatório judicial, o réu disse ter sido torturado na delegacia e alegou que os policiais não gostam dele desde quando era menor de idade e já se envolvia em ilícitos. Disse, por exemplo, que “vendeu muita droga”.

“Sozinho” – “Ninguém desses daí têm nada a ver. O pivô desse crime sou eu”, declarou, na mesma audiência, Márcio Douglas Pereira Rodrigues, 24 anos, apelidado de “Cone” ou “Articulador”, ao responder sobre o assassinato de Maikel Martins Pacheco, de 19 anos.

Ao dizer isso, ele tenta livrar de culpa outros cinco réus da ação penal, enquadrados em homicídio qualificado e ocultação de cadáver, segundo a denúncia da promotoria.

Na versão de “Cone”, apenas outros dois homens participaram do crime, mas já estão mortos.

O cadáver da vítima nunca foi achado, mas, ainda assim, o trabalho policial recolheu indícios suficientes de autoria. Havia, por exemplo, sangue de Maikel no veículo usado para transportá-lo até o lugar onde foi assassinado a golpes de facão.

Na fase de inquérito, Márcio Douglas confessou o crime e deu detalhes em depoimento gravado na delegacia. Nessa etapa, negou ter sofrido violência.

Esse não, aquele sim – Alvo de outro processo por assassinato, em condições semelhantes, ele negou em abril do ano passado ter participação naquele caso, mas confessou ter sido ele o autor do homicídio de Maikel, conhecido como “Maikinho”.

Essa declaração foi juntada ao feito pelo juiz Carlos Alberto Garcete, que cuida dos dois casos.

Quando chegou o interrogatório judicial, o réu disse ter sido torturado na delegacia e alegou que os policiais não gostam dele desde quando era menor de idade e já se envolvia em ilícitos. Disse, por exemplo, que “vendeu muita droga”.

“Eu dei muito trabalho, dei mesmo, até hoje eles não sabem como que eu tô vivo”, diz o réu em outro trecho do interrogatório.

São vinte minutos de depoimento, já na fase final do processo.

Diante da declaração do réu, a promotora Livia Carla Guadanhim Bariani imediatamente solicitou ao magistrado o registro da ameaça e a determinação de investigação.