Mortes por Aids caíram 8,9% na última década em Mato Grosso do Sul

No ano passado, foram notificados 713 casos de infecção pelo HIV no Estado

Posto de testagem gratuita montado em maio deste ano, em supermercado (Foto: Arquivo/Mariely Barros)

A mortalidade causada pela Aids caiu 8,9% na última década em Mato Grosso do Sul. O número é referente ao coeficiente de mortes registradas a cada 100 mil habitantes entre 2012 e 2022 e foi divulgado ontem (11) pelo Ministério da Saúde.

Só no ano passado, foram registrados 713 casos de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana, o HIV, em Mato Grosso do Sul.

Ainda em 2022, foram notificados 179 óbitos tendo a Aids ou o HIV como causa básica no Estado. Essa quantidade é 12,2% menor do que os 157 óbitos registrados em 2012.

Em todo o país, a queda na mortalidade foi maior: 25,5% a cada 100 mil habitantes. Apesar da redução, cerca de 30 pessoas morreram de Aids por dia no ano passado, alerta o Ministério da Saúde.

Capital – Foram registradas 7,9 mortes a cada 100 mil habitantes no ano passado, em Campo Grande. O número é maior que a média nacional, de 4,1 óbitos.

A Capital também apresentou taxa de detecção de Aids elevada em relação a Mato Grosso do Sul. O Estado notificou 21,5 casos por 100 mil habitantes, já Campo Grande, 28,5.

A pasta federal também ressaltou que a taxa de gestantes infectadas pelo HIV na capital sul-mato-grossense é de 4,5 (casos por mil nascidos vivos). Essa transmissão pode ser evitada quando há o disgnóstico da doença na mãe e ela procura assistência médica para adoção das medidas necessárias.

Recortes – Ainda segundo os dados do Ministério da Saúde, em todo o Brasil houve aumento de casos notificados entre pessoas pretas e pardas, representando mais da metade das ocorrências em 2015. Até 2013, a cor de pele branca representava a maior parte dos casos de infecção pelo HIV.

Estima-se que 1 milhão de pessoas vivam com HIV atualmente no Brasil. Desse total, 650 mil são do sexo masculino e 350 mil do sexo feminino. De acordo com o Relatório de Monitoramento Clínico do HIV, na análise considerando o sexo atribuído no nascimento, as mulheres apresentam piores desfechos em todas as etapas do cuidado, do diagnóstico até o tratamento e controle.