
Gabrielle Borges, 32 anos, de Três Lagoas, foi às redes sociais expor algo que lhe tira a paz há cerca de um ano e meio: um estupro. Além de sofrer com o pior crime que pode ocorrer para uma mulher, ela desabafa sobre a intimidação do agressor, que está livre e a aterroriza.
A profissional aceitou divulgar o nome e foto, mas teme falar sobre o criminoso, porque ainda é intimidada. Ela detalhou que havia acabado um namoro e foi curtir a vida com amigas, em uma festa clandestina, em um rancho da cidade.
No local, a vítima flertou com um rapaz. E foi aí que começou o pesadelo.
”Tinha um menino que até então achava fofo… Durante os beijos, ele colocou algo na minha boca, dizendo que não era droga. Em um certo momento nos afastamos, mas achei que nada de mal aconteceria”, detalhou Borges.
Pelo Instagram, a vítima detalhou o passo a passo da crueldade que ocorreu já sob efeito do entorpecente.
”Ele ficou mais agressivo. Me prensou contra uma árvore de costas e arrancou minha roupa e tentou sexo anal, assim de forma brutal”, desabafou Gabrielle. Na sequência, a vítima diz que conseguiu se virar e, cambaleando, tentar se vestir perto de um carro.
Na denúncia, o agressor foi atrás da jornalista e a segurou pelo pescoço. Com a outra mão, abaixou a roupa de ambos e começou o estupro. Ela relembra que ainda tentou vestir a roupa e empurrá-lo, mas sem sucesso.
”… ele então enfiou órgão dele na minha boca até se satisfazer. Eu fiquei jogada no chão, cuspindo e vomitando”, desabafa novamente Gabrielle.
A jornalista conta que se levantou e correu em direção às amigas. A ”ficha” sobre o ocorrido, só ”caiu” no outro dia, lamenta a vítima. Uma das amigas é que lhe avisou sobre a droga fornecida pelo criminoso e que, por estar com a parte íntima sangrando, teria passado por um estupro.
”Eu não queria acreditar naquilo! Não sabia o que fazer. Pensei em denunciar, mas senti medo”, lembra a jornalista. Ela foi à Delegacia de Atendimento à Mulher e diz que o caso está com a delegada Nelly Macedo.
Ao mesmo tempo que tem apoio, Gabrielle afirma que vive com medo e recebendo julgamentos. “Não consigo sair de casa, me alimentar. Hoje só vivo na angústia, me falta esperança, fé e me sobra dor, e como dói, dói muito. Minha vontade é de arrancar meu coração do peito, não sei como vou esquecer tudo que venho passando, intimidações, calúnias, julgamentos e dor. Estou tentando ser forte e ter fé”.