
O Google vai exigir que os anúncios políticos que usam inteligência artificial venham com um aviso de que as imagens ou sons foram alterados.
A regra vai valer para anúncios políticos no YouTube ou em outras plataformas da empresa. O aviso precisará estar em um lugar fácil de notar na tela. Se a regra não for respeitada, o anúncio será derrubado.
O Google não está proibindo completamente a inteligência artificial na publicidade política. A inteligência artificial pode ser usada para mudar as imagens, corrigir as cores do vídeo, defeitos, edições de fundo etc.
Se o uso de inteligência artificial não for relevante para a mensagem, o Google não vai proibir o uso.
A nova regra vai entrar em vigor em novembro.
No ano que vem, há eleições nos Estados Unidos, Índia, África do Sul, União Europeia e outras regiões onde o Google já possui um processo de verificação para anunciantes eleitorais.
Inteligência artificial
Imagens, vídeos ou arquivos de áudio falsos não são novidade na publicidade política, mas as ferramentas de inteligência artificial generativa facilitam essas falsificações e as tornam mais realistas.
Algumas campanhas presidenciais na corrida de 2024, incluindo a do governador republicano da Flórida, Ron DeSantis, já estão usando essa tecnologia.
Em abril, o Comitê Nacional Republicano lançou um anúncio inteiramente gerado por inteligência artificial que mostrava uma versão de como seria o futuro dos EUA se o presidente Joe Biden for reeleito. Ele usou fotos falsas, mas realistas, mostrando lojas fechadas com tábuas nas janelas, patrulhas militares blindadas nas ruas e ondas de imigrantes causando pânico.