
De acordo com equipe do Observatório Econômico do Sindifiscal-MS (Sindicato dos Fiscais Tributários Estaduais de Mato Grosso do Sul), a alta da gasolina no País não é culpa somente dos encargos como o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e outros tributos federais e estaduais que compõem o valor final que chega nas bombas ao consumidor.
Segundo o Sindifiscal-MS, o que mais impacta no preço dos combustíveis são o “Fator Petrobrás” e o “preço-Petrobras” que estão atrelados principalmente ao valor do barril do petróleo e a valorização do dólar. Um exemplo citado, é o de que 1% de aumento do combustível no “preço-Petrobras” acarreta elevação de 0,61% no preço ao consumidor.
De acordo com o Sindifiscal-MS, foram analisados dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo) que apontaram a ligação do alto valor principalmente ao preço do barril do petróleo que sofreu uma variação de 290%.
Segundo o estudo, em novembro, o preço médio da gasolina comum no estado para o consumidor final alcançou R$ 6,53 o litro, aumento de 37,85%, em relação a janeiro deste ano, quando custava em média R$ 4,73%.
Conforme a equipe de analistas, a explicação está no “Fator Petrobrás”, que representa a relação entre o “preço-Petrobras” do combustível e o preço ao consumidor final na região Centro-Oeste.
Clauber Aguiar, fiscal tributário estadual e diretor do Observatório Econômico, explica que 1% de aumento do combustível no “preço-Petrobras” ocasiona elevação de 0,61% no preço ao consumidor. “Esse impacto não é observado nas bombas, uma vez que proporcionalmente não houve reajustes nas margens de distribuição e revenda”, diz.