Menina que teve a mãe morta pela Polícia Militar, na noite desta quarta-feira (8), em Três Lagoas, escreveu que já está com saudades dela. Luana Bonini dos Santos teria feito menção de atirar nos policiais e por isso foi baleada.
A criança postou ”reels” com fotos ao lado da mãe, texto e uma música. Na imagem, a menina diz: ”Mãezinha, escapa um pouquinho aí do céu e vem me abraçar”. Na mesma publicação, a garota diz que ”Tá tudo tão confuso” e ”Te amo mãe, obrigado por tudo” e ”minha estrelinha”.
Muitos dos que conheciam Luana, diziam que ela tinha ”defeitos” e ”mexia com coisa errada”, mas que não merecia ser morta e nem o falecimento comemorado por outros.
Muitas internautas citaram que Luana deixou uma filha pequena, que não deveria ser exposta aos comentários, que classificaram como maldosos.
”…discurso de ódio, sem pensar que a filha da mulher pode tá vendo… respeite a dor da família, que não tem culpa pelo caminho que ela escolheu”, refletiu uma mulher na seção de comentários.
Luana e Luuiz Henrique seriam traficantes de drogas. (Foto: Reprodução Perfil News)
Mortes
Luana e Luiz Henrique Ferreira Lima, 21 anos, foram mortos pela Polícia Militar, na noite desta quarta-feira (8), em uma casa, na Vila Guanabara, em Três Lagoas.
Conforme o Perfil News, uma viatura fazia rondas na rua Manoel Antonio Jeremias, quando viu Luana sentada em frente da moradia. Ela arremessou um embrulho ao lado da casa, que depois foi descoberto que era cocaína.
A atitude levantou suspeitas e ela foi abordada. No entanto, a mulher correu para dentro de casa e foi perseguida pelos policiais. Na sala, ela teria feito menção de tirar um objeto da cintura e foi ordenada a soltar. Porém, diz a PM, ela manteve a postura e, por isso, foi baleada.
No mesmo instante da abordagem de Luana, outro PM deu a volta por trás da casa e se deparou com Luiz Henrique, armado. Ele recebeu ordem para se render, mas não acatou e também foi atingido pelos tiros da polícia. Os dois foram socorridos até o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, mas não resistiram.
