
Assim como outras cidades do Brasil, Três Lagoas já sente dificuldade em manter seus estoques de medicamentos abastecidos. A falta de alguns remédios começou com a pandemia de Covid-19 e tem afetado também a rede farmacêutica, onde há escassez de antibióticos e medicamentos de alto custo.
Em Três Lagoas, um dos principais fatores para a falta de alguns fármacos se dá principalmente pela desistência das empresas que venceram as licitações de compra. O motivo alegado pelos laboratórios são os valores propostos que, segundo os representantes, estão defasados. Em alguns casos, houve também a desclassificação das empresas vitoriosas e licitações fracassadas pela falta de fornecedores interessados.
Segundo a Secretaria de Saúde de Três Lagoas, para 2023 está previsto um orçamento de R$ 33.195,053,40 para a compra de medicamentos, sendo R$ 7.667.026,70 para medicamentos pactuados (comprados com recursos do município). Desde 2017, o município oferece ainda, medicações e fórmulas que não fazem parte da lista obrigatória do Sistema Único de Saúde (SUS) e o investimento previsto para esse ano é de R$ 5.079.000,00 em novas fórmulas e R$ 7.703.000,00 (fornecidos pelo Ministério da Saúde).
Mesmo com o recurso, o município não pode realizar compras com valores acima dos estabelecidos pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), pois fica passível de responder judicialmente no Tribunal de Contas do Mato Grosso do Sul. Para sanar o problema, a administração municipal informou que já iniciou o processo de compra emergencial.
A lista de medicamentos em falta na cidade inclui Amoxicilina; Azitromicina; Metildopa; Nitrofurantoína; Ácido Valpróico; Carbonato de Cálcio; Dexclorfeniramina, além dos medicamentos de alto custo, como Rivaroxabana 20 mg; Topiramato; Trazodona ;Pregabalina; Alprazolam; Escitalopram; Rosuvastatina 10mg; Metilfenidato, risperidona, Aripiprazol e Divalproato de sódio.
“Caso você seja alguma das pessoas que podem sofrer com essa possível falta de alguns desses medicamentos listados, orientamos que você procure sua unidade de saúde para que seu médico verifique a possibilidade de a substituição desse medicamento ou altere a dosagem”, orientou a secretária de Saúde, Elaine Fúrio, em vídeo compartilhado nas páginas oficiais da prefeitura de Três Lagos.