
Uma das torres de resfriamento da fábrica de celulose Suzano pegou fogo, na tarde desta quarta-feira (6), em Ribas do Rio Pardo.
As chamas se concentraram em apenas uma das torres de resfriamento da fábrica que passa por obras.
De acordo com informações apuradas pelo Correio do Estado, foram aproximadamente 40 minutos para o incêndio ser controlado e extinto.
Por meio de nota, a empresa informou que eliminaram todos os focos e a causa está sendo apurada.
“A companhia informa que, por volta das 15h desta quarta-feira (06.12), foi registrado um incêndio em uma das torres de resfriamento da fábrica em construção no município de Ribas do Rio Pardo. A empresa esclarece que não houve feridos no incidente e que o fogo já foi devidamente controlado pelas equipes de brigadistas da própria empresa, estando a situação já sob controle. As causas do incêndio serão devidamente investigadas”.
Ninguém ficou ferido e os próprios brigadistas da fábrica lidaram com o incêndio. Informações levantadas pela reportagem indicam que parte da área urbana de Ribas do Rio Pardo está sem energia elétrica.
Reforma da fábrica
No dia 2 de agosto, a Suzano informou que antecipou em pelo menos seis meses a previsão de início das operações do Projeto Cerrado, em Ribas do Rio Pardo.
Conforme a previsão inicial, a fábrica, que está demandando investimentos da ordem de R$ 23 bilhões, entraria em operação a partir do final de 2024.
Agora, “em virtude do avanço das obras e da consequente melhor visibilidade sobre seu desenvolvimento”, a previsão é de que as operações comecem “até o mês de junho de 2024”, conforme o comunicado distribuído ao mercado.
A indústria está sendo construída próximo às margens do Rio Pardo, entre as cidades de Ribas do Rio Pardo e Água Clara, a cerca de 110 quilômetros de Campo grande. Desde abril deste ano, quando as obras chegaram ao pico, em torno de dez mil pessoas estão trabalhando no projeto.
O Projeto Cerrado produzirá 2,55 milhões de toneladas ao ano, ampliando a capacidade instalada de celulose da Suzano para 13,5 milhões de toneladas anuais. A empresa já tem uma unidade em Três Lagoas
O novo cronograma do projeto foi anunciado junto à divulgação dos resultados referentes ao segundo trimestre de 2023. “Já investimos R$ 12,4 bilhões no Projeto Cerrado e, mesmo em um ambiente mais desafiador no mercado global, continuamos a gerar caixa e evoluir em nossas avenidas estratégicas, fortalecendo nosso modelo de negócios e nossa posição competitiva”, informou o presidente da Suzano, Walter Schalka.
Os resultados do segundo trimestre refletem período marcado por menores preços da celulose no mercado global, pela queda do dólar, custos ainda pressionados e maior concentração de paradas programadas nas fábricas de Imperatriz (MA), Mucuri (BA), Limeira (SP) e Jacareí (SP).
A comercialização de celulose totalizou 2,5 milhões de toneladas. A receita líquida do período somou R$ 9,2 bilhões e, na última linha do balanço, a companhia registrou resultado líquido positivo de R$ 5,1 bilhões.
Os investimentos da Suzano somaram R$ 7,3 bilhões no segundo trimestre, o que representa um acréscimo de 66% em relação ao mesmo período do ano passado. A maior parte dos recursos, no total de R$ 2,4 bilhões, foi destinada ao Projeto Cerrado.
A companhia também investiu R$ 1,8 bilhão na compra de terras e formação de base florestal e R$ 1,7 bilhão em atividades de manutenção, entre outros desembolsos.
**Colaborou Neri Kaspary