
Por meio de uma rede social, nascia um amor. Marissandra Inácio e Evandro Inácio se conheceram em 2011 e hoje, a história de amor do casal virou livro.
Quem nunca ouviu que o amor supera barreiras? Mesmo sendo clichê, essa frase é uma das que melhor podem descrever o relacionamento de Marissandra e Evandro. Com 16 anos de diferença, além do obstáculo do preconceito por Evandro ser cadeirante. Na época, ela trabalhava e morava em Três Lagoas, enquanto ele, em Brasilândia.
Mesmo com algumas inseguranças, Marissandra aceitou o pedido de namoro. “Saímos algumas vezes, como amigos. No início, até relutei um pouco para ter um relacionamento, mas como era propósito de Deus para nossa vida caminharmos juntos, meu coração cedeu”, revela.
Sobre o preconceito que enfrentaria, Marissandra soube desde o início que não seria fácil, mas em nome do amor, encarou tudo de cabeça erguida. “Evandro me abriu os olhos para tudo que iria passar ao assumir um relacionamento com ele devido ao preconceito que nos envolvia. De fato, ocorreu e veio de todos os lados, família, amigos, companheiros de trabalho”.
Mas Marissandra seguiu seu coração e viveu um grande amor. Juntos, construíram a casa, viajaram, se casaram, compraram o carro e realizaram muitos sonhos em comum. Com o tempo, a aceitação veio e Evandro e Marissandra passaram a ser um dos casais mais admirados pelo amor, companheirismo e cumplicidade que os uniam.
Sempre superando desafios, o casal ainda precisou lidar com a morte da mãe de Evandro e, dois anos depois, o diagnóstico de câncer, em 2018. Segundo Marissandra, Evandro sempre foi muito descontraído e grato por tudo, mas com a doença, se fechou e não queria visitas. Por respeitar a vontade de seu esposo, Mari foi muito criticada, mas preferiu continuar respeitando o desejo de seu companheiro.
Sempre ao lado de Evandro, apoiando e ajudando a superar os desafios e a doença, Marissandra conta que a lição que tirou de tudo o que viveu é o amor e a gratidão. “Eu me doei muito e é essa paz que carrego hoje. Nós, seres humanos, estamos sendo tratados como objetos, ninguém está interessado no cultivo do relacionamento. Um defeito do companheiro já é motivo de discórdia, porém, acredito que amar mais e agradecer os detalhes nos transforma”, confessa.
“Escrever me curou”
Evandro morreu em julho de 2018 e não pode concluir um de seus projetos, mas Marissandra fez questão de realizar o sonho do esposo. Foi durante seu processo de luto que veio a ideia do livro.
Segundo Marissandra, mais do que contar a história do casal, o livro busca falar de um homem que deixou sua marca, lembrado por sua trajetória de superação e admirável gratidão.
“O livro era um sonho do Vando. Ele já tinha iniciado, contando seu testemunho, e sempre me dizia que queria continuar a história me incluindo nela. Então, após a sua partida, eu coloquei isso em meu coração. Se era o sonho dele, eu faria questão de realizar”, relembra.
Para Marissandra, escrever o livro foi uma experiência marcada por uma mistura de sentimentos. “Eu digo que escrever me curou. Passei noites em claro, sorrindo e chorando, revoltada e agradecida. Um misto tão grande de sentimentos, de idas e vindas. O luto não é fácil, independente da perda, só quem viveu sabe o que se passa na mente e no coração”.
Com o sentimento de gratidão e a certeza de que se doou ao máximo a esse amor, Marissandra conta sua história com o desejo de inspirar pessoas e levar uma mensagem de amor e gratidão.
Serviço: Livro “Amor que vence preconceitos” | Marissandra Inácio – Editora Viseu.
Disponível em formato físico e digital nos sites Submarino, Americanas e Amazon
Em breve lançamento presencial