
Rebaixados após o fim da primeira fase do campeonato sul-mato-grossense de 2021, Três Lagoas e Novo agora “recolhem os cacos” e pensam nas próximas temporadas do campeonato estadual. Otimistas, os dirigentes dos dois clubes que fizeram as piores campanhas na competição, enxergam os lados positivos da participação no campeonato da primeira divisão e miram voos mais altos caso retornem à Série A.
TRÊS LAGOAS APOSTA NA BASE
Segundo o diretor Sávio Bernardes, o clube, que foi criado em 2019, teve a ideia inicial de se trabalhar com categorias de base. De acordo com ele, o planejamento era de pensar em resultados em 2 a 3 anos no município, mas com a oportunidade de disputar a Série B de 2020 – já em 2021 – não perderam a oportunidade, diante de um cenário de ausência de competições e anseio da população da cidade por um clube profissional em Três Lagoas.
Para a Série B, o clube firmou parceria com o Aquidauanense e disputou a segunda divisão com um elenco todo emprestado pelo Azulão. “Enquanto isso, foi se dando sequência na ideia de trabalhos com a base e então, o técnico Renato Ribeiro iniciou no dia 9 de fevereiro a avaliação de jogadores e já dando início à preparação de uma equipe que pudesse disputar a Série A, caso conseguíssemos o acesso”, afirma Sávio.
Após a confirmação do acesso para a Série A, o clube contou com algumas parcerias e o apoio da prefeitura para a utilização do estádio Madrugadão. A aposta foi em jogadores jovens, oriundos da cidade. “No entanto, eles estavam sem ritmo de jogo e com condição física muito abaixo do necessário – até porque, com a pandemia, nem competições amadoras eles disputavam. Isso dificultou muito nosso início de competição”, comenta o dirigente.
Mesmo com a lanterna do grupo B, com apenas uma vitória em oito jogos, Sávio afirma que a participação na Série A foi “producente” para o clube. “Independente dos resultados, os jogadores puderam adquirir experiência para futuras competições, tanto que em muitas das últimas partidas, mesmo diante de tantas lesões que tivemos, dificuldades para treinar, entre outras, se pôde perceber uma evolução da equipe”, afirmou.
Sávio ainda afirma que as redes sociais também são legado positivo que fica para o clube. “Com o futebol profissional que a população tanto quis, nossas redes tiveram grandes movimentações, ainda mais por não podermos contar com público presencial. Queremos manter isso para quando voltarmos à primeira divisão, mais fortes e estruturados”, finaliza o dirigente.
NOVO PROMETE VOLTAR MAIS FORTE
O presidente do Novo, Eder Cristaldo, definiu a campanha do clube como “melancólica”. O time da capital teve o pior aproveitamento do campeonato, com apenas um ponto conquistado em oito jogos e saldo de gols de 29 negativo.
“Não tivemos apoio de ninguém, nem patrocínio de empresas, então montamos um time à base de ex-jogadores que estavam paralisados, somados a alguns jogadores da base do clube”, afirmou o presidente. Cristaldo admitiu que houveram erros na preparação do clube para a temporada, e que o Novo subiu devido a uma facilidade que foi colocada na Série B, quando 4 equipes subiram, de 5 que disputaram a competição.
“Sabemos que na Série A as equipes se reforçam e não conseguimos uma estrutura maior”, lamenta o presidente do Novo, que prossegue. “Acertamos em não parar com o time, sem pontapé em campo e respeitando os adversários até o último jogo contra o Operário, mantivemos nossa honra e respeito à camisa do Novo”, diz.
Cristaldo, porém, afirma ter aprendido com os erros e aposta em um Novo mais organizado para os próximos anos. “Para os próximos campeonatos seremos fortes, isto é uma promessa minha. Em 2022 faremos um bom time para a disputa da B e prometo o campeonato de 2023 na série A com futuras boas participações em campeonatos nacionais”, finaliza o presidente.