Em a nota a defensoria afirmou que “não compactua com qualquer tipo de desrespeito a quaisquer dos Poderes da República e às Instituições Democráticas”, e chamou de “desrespeitosa” a postura do ministro da CGU (Controladoria-Geral da União).
A confusão começou após a senadora apresentar dados e datas referentes à denúncia de superfaturamento da compra da Covaxin e chamar o ministro de “engavetador”, por não investigar nada e se comportar como advogado de defesa de Jair Bolsonaro. Ao responder questionamentos da senadora, Rosário disse que a sul-mato-grossense era “descontrolada”.
Antes, o ministro já havia falado para Simone repetir tudo que tinha acabado de apresentar. “Eu recomendo que a senhora lesse tudo de novo, porque a senhora falou uma série de inverdades aqui”, declaração que soou como provocação à sul-mato-grossense. Os ataques levantaram a ira de Simone.
“Estou representando Mato Grosso do Sul como qualquer outro senador, mereço respeito. Não venham armados, venham desarmados, prontos para responder. Essa é uma casa que não aceita mentiras, desrespeito e arrogância”, reforçou a sul-mato-grossense.
Simone também teve apoio dos colegas. “Moleque”, gritou o senador Otto Alencar (PSD-BA). Outros parlamentares chamaram Wagner Rosário de “machista”. “Só as mulheres são descontroladas. Ele não vai destratar uma mulher mais uma vez”, protestou a senadora Leila Barros (Cidadania-DF).
Rosário foi convocado inicialmente para tratar das investigações dos repasses federais para estados e municípios, mas acabou saindo em defesa do governo federal, o que esquentou os ânimos da sessão. O ministro acabou se retirando do local para intervalo de 10 minutos, mas a sessão foi encerrada.