Corpo de Bombeiros solicitou que protocolo de atendimento á autistas seja usado em nível nacional

No Estado, a corporação já realiza o protocolo há cerca de um mês; ofício com pedido nacional foi enviado ao Ministério da Justiça

Evento aconteceu na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - Reprodução

Em evento ocorrido na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul, declarou que enviou um ofício ao Ministério da Justiça solicitando que o protocolo de atendimento com foco em autistas seja usado em nível nacional, em caso de ocorrências de salvamentos, acidentes e até incêndios.

O 1º Seminário Atendimento Integrado à Pessoa com Transtorno do Espectro Austista, abordou discussões sobre a necessidade de um procedimento padrão para atender quem necessita de cuidados específicos. O protocolo é utilizado pelo Corpo de Bombeiros do Estado há cerca de um mês.

“Decidimos enviar este documento para que o protocolo aos autistas seja usado em nível nacional, em todos os estados pelas forças de segurança. Um procedimento que fará a diferença tanto na abordagem, como nas ações que devem ser tomadas em diferentes situações”, descreveu o coordenador do evento, Max Tosta.

O protocolo de atendimento aos autistas surgiu em Santa Catariana e já é usado no Paraná. “Representantes da Polícia Civil e Militar, assim como da Agepen, participaram do evento e vão discutir a implantação do procedimento em suas corporações”, adiantou Tosta.

Max explicou que a abordagem a pessoa com autismo deve ser diferente. “Por exemplo se ela tiver perdida, não adianta usar megafone, assim a pessoa (autista) não vai querer ser vista. Em caso de incêndio, o autista busca se esconder, muitas vezes debaixo da mesa e não fugir do local. Em acidentes tem que evitar sirenes e muito barulho, a pessoa pode entrar em uma crise, principalmente se tiver machucada”, explica.

O seminário contou com palestras, depoimentos e debates com representantes das forças de segurança do Estado, autoridades do poder público e de entidades da sociedade civil, que reconheceram a necessidade de ter um procedimento específico para este público, que vão dispor de um atendimento especializado.