Contra a corrupção, Estado cria código de conduta para empresas

Governador Eduardo Riedel enviou para a Assembleia projeto que cria programa de compliance e obriga empresas com contratos de R$ 200 milhões ou mais a terem código de ética e auditoria

Posse Eduardo Riedel/Arquivo - GERSON OLIVEIRA

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), cumpriu uma de suas promessas de campanha e enviou à Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) projeto de lei que institucionaliza a prática de compliance não somente na administração pública e em autarquias e empresas públicas, mas também nas empresas (pessoas jurídicas) que contratam com o poder público.

Em outras palavras: a lei enviada pelo governo tenta blindar os cofres públicos de práticas lesivas, como a corrupção, e estabelece um regime de auditoria e transparência permanente dentro das empresas.

Esta prática que tenta blindar o poder público da corrupção nos grandes contratos é chamada de Programa de Integridade, que consiste na implantação de um conjunto de mecanismos e procedimentos internos que tendem a tornar a gestão mais transparente e íntegra no governo, nas autarquias, nas empresas públicas e também nas empresas com contratos de R$ 200 milhões ou mais.

A lei determina que as empresas implantem mecanismos de auditoria permanente, canais de incentivo à denúncia de atos ilícitos praticados dentro da própria empresa (o anonimato do denunciante deve ser resguardado) e aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta, políticas e diretrizes.