Cai o número de pacientes do interior que vão para hospitais da Capital

A diminuição da demanda é consequência de investimentos na saúde e em hospitais das cidades interioranas

Foto: Correio do Estado

Conforme divulgação do Governo do Estado, tem diminuído o número de pacientes do interior que vão para hospitais de Campo Grande. A exemplo, 7 de cada 10 pacientes que estão internados na Santa Casa são de Campo Grande, aponta levantamento.

A diminuição de tal demanda nos hospitais da Capital é consequência de investimentos na saúde e em hospitais das cidades interioranas.

Desse modo, foi possível alcançar um resultado em que há a redução do direcionamento de pacientes do interior para Campo Grande, levando em consideração que agora conseguem atendimento adequado em suas respectivas cidades.

O Governo do Estado informa que, para tanto, houve uma série de investimentos, com a construção de novos hospitais, qualificação dos atendimentos e fortalecimento da saúde pública.

O levantamento indicando que 7 de cada 10 pacientes que estão internados na Santa Casa são de Campo Grande também mostra que, se levar em conta a macrorregião da Capital, que inclui as cidades vizinhas, chega-se a 90% dos pacientes.

Segundo os dados divulgados, no primeiro quadrimestre deste ano – janeiro a abril – a Santa Casa teve 12.040 pacientes internados, sendo 11.062 moradores de cidades dentro da macrorregião de saúde, e 8.535 do município de Campo Grande.

Tais números mostram que as demais regiões estão com estrutura e capacidade para atender sua população.

Com relação ao Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), constatou-se que a cada 10 pacientes internados no, 7 ou 8 são moradores de Campo Grande.

O relatório das internações de 2019 a julho de 2022 mostra que de 49.027 internações, 35.549 são de moradores da Capital, o que equivale a 76,59%.

Das internações no HRMS, 90% são de moradores da microrregião de saúde de Campo Grande, compreendendo a Capital, Sidrolândia, Terenos, São Gabriel do Oeste, Rio Negro, Ribas do Rio Pardo, Nova Alvorada do Sul, Maracaju, Jaraguari, Figueirão, Costa Rica, Corguinho, Chapadão do Sul, Camapuã e Bandeirantes.

Sobretudo, por ser localizado em uma das regiões mais populosas de Campo Grande, o hospital também atende à demanda espontânea de pacientes.

O diretor-presidente do HRMS, Lívio Viana de Oliveira Leite, destaca: “somos porta aberta, quase uma UPA”.

Investimentos na Capital

Conforme destacado pelo Governo do Estado, Campo Grande tem uma gestão plena da saúde, ou seja, o município é o responsável pela parte financeira e administrativa do sistema público local.

Enquanto isso, o Governo do Estado contribuiu com mais de R$ 255 milhões para a Santa Casa desde 2016. Em 2021 foram R$ 52,291 milhões e já foram R$ 31,788 milhões neste ano.

Além da ajuda para a Santa Casa, o Governo do Estado também conta com outros hospitais importantes, como o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, que conta com investimentos vindos apenas do governo do estado.

“Não recebemos nem R$ 1 da prefeitura, só os repasses que ela faz do dinheiro do Ministério da Saúde. O investimento do Município é zero”, explica o diretor-presidente do HRMS, Lívio Viana de Oliveira Leite.

Futuro

Futuramente, há a previsão de entrega de duas unidades: o Hospital do Idoso, que ficará dentro do complexo do São Julião, e o Materno-Infantil, ao lado da maternidade Cândido Mariano.

Regionalização

Ainda com relação aos investimentos na saúde do interior, o governo destaca o Hospital Regional de Coxim “Álvaro Fontoura” como um dos exemplos desta regionalização.

A unidade atende a população de 40 municípios da região Norte do Estado, dispondo de 10 leitos para UTI adulto e um centro de hemodiálise, que presta assistência a 60 pacientes, com 60% de resolutividade.

Para o diretor-geral do hospital, Devanir Rodrigues Pereira Júnior, o local contribui de forma direta para a saúde pública de toda região.

“O hospital está à disposição de uma população de 80 a 100 mil habitantes, sendo referência na regionalização da saúde, com a realização de cirurgias, por meio do programa Opera MS, assim como hemodiálise e atendimento de alta complexidade” ,disse.

Outro modelo de regionalização é o Hospital da Costa Leste Magid Thomé, em Três Lagoas,, o qual deve se tornar referência no atendimento de média e alta complexidade para os moradores de Água Clara, Aparecida do Taboado, Bataguassu, Brasilândia, Cassilândia, Inocência, Paranaíba, Santa Rita do Pardo, Selvíria e de Três Lagoas.

Além desses pólos, tem sido efetivado o investimento em ampliação de unidades já existentes no interior do Estado.

Em Jardim, na região Sudoeste, houve a ampliação do Hospital Marechal Rondon, com um investimento de R$ 4,16 milhões.

O Governo triplicou a capacidade de atendimento da unidade, sendo seis vezes maior que o antigo.

Também está em construção o Hospital Regional de Dourados, que terá 210 leitos em várias especialidades médicas, com enfermaria, UTI adulto, neonatal e pediátrica, leitos de observação adulto, centro cirúrgico e obstétrico e pronto atendimento, entre outros.

Estima-se que a unidade receberá pacientes dos 34 municípios da Grande Dourados, Conesul e Faixa de Fronteira. O investimento previsto é de R$ 26,4 milhões.