
Nem só os seres humanos sofrem com os problemas do coração. De acordo com especialistas, cães e gatos podem desenvolver doenças cardíacas devido à uma série de fatores, como estresse, sedentarismo, idade avançada e obesidade.
Para alertar aos tutores quanto a importância da prevenção e tratamento de doenças cardíacas em cães e gatos foi criada a campanha “Setembro Vermelho”, voltada à conscientização sobre as doenças cardiovasculares, que também acometem os pets.
“Até há algum tempo, as doenças cardíacas não eram comuns nos animais, mas com o desenvolvimento da medicina, a expectativa de vida dos animais aumentou, desta forma, as doenças degenerativas, comuns nos idosos, ficaram mais frequentes, entre estas, as cardíacas. Mas há ainda os fatores externos, como a obesidade causada pelo sedentarismo e má alimentação”, explica a médica veterinária homeopata, Mônica de Souza.
Algumas raças de cães, selecionadas geneticamente, são mais suscetíveis a desenvolver este tipo de doença, em especial os de porte grande, como Fila Brasileiro e Dog Alemão. Alguns menores, como Lhasa Apso e Shitzu, também correm risco por fatores hereditários.
“Outro fator de risco é o cruzamento constante entre animais com grau de parentesco próximo. O que pode parecer uma garantia de raça pura, na verdade, é arriscado e, entre outras doenças, a seleção pode resultar em problemas cardíacos nos cães”, esclarece a veterinária.
Dirofilarose
Causa incomum em Mato Grosso do Sul, a dirofilarose canina é uma doença parasitária, causada pelo verme Dirofilaria immitis (conhecida também como verme no coração), transmitida pela picada de um mosquito (que pode ser dos gêneros Aedes, Culex e Anopheles), com maior incidência em regiões com altas temperaturas.
“Neste caso, a doença ataca o organismo do animal, em especial o coração e os pulmões. Os sintomas mais comuns são perda de apetite e de peso, apatia e tosse. Entretanto, na nossa região, este tipo de doença, endêmica no litoral brasileiro, é muito rara”, destaca Mônica.
Gatos – Com menor incidência de sofrer com doença cardiovascular, os gatos podem desenvolver cardiomiopatia – doença do músculo cardíaco. Elas podem ser divididas em Cardiomiopatia Hipertrófica, que é a hipertrofia do ventrículo esquerdo, resultado, em geral, devido ao fator genético e que se desenvolve mais em animais das raças Persa, Rangdoll e Maine Coon.
A outra causa é a Cardiomiopatia Dilatada, que ocorre quando o músculo cardíaco se torna flácido, influenciando na falha no bombeamento sanguíneo, evoluindo para insuficiência cardíaca e ainda a Cardiomiopatia Restritiva, que causa a rigidez na parede do miocárdio. Esta doença não distingue raça e atinge gatos de meia idade e idosos.