
Um mês após ser presa, Juma Yara de Souza Silva, uma das irmãs que furtaram mais de R$ 230 mil em produtos de lojas de shoppings em Mato Grosso do Sul, conseguiu converter a medida para prisão domiciliar por ser mãe de duas crianças.
Ela estava no interior de São Paulo e os mandados que resultaram no cárcere foram expedidos pela justiça sul-mato-grossense. Um era de Campo Grande, outro de Dourados, isso porque, com as irmãs Maria Aparecida e Maria Eduarda, Juma teria furtado lojas de shoppings das duas cidades em junho do ano passado.
O juiz Eduardo Eugênio Siravegna Júnior analisou a argumentação da defesa e concedeu a prisão domiciliar. Segundo o magistrado, a ré é primária e o crime supostamente cometido “não envolve violência nem grave ameaça, tendo a requerente juntado a certidão de nascimento de seus filhos de 8 (oito) e 6 (seis) anos”.
Modus Operandi
O grupo é conhecido por usar o mesmo modus operandi em centros comerciais de todo o Brasil: ficavam poucos dias na cidade, alugavam apartamentos em aplicativos ou hotéis, chegavam e saíam da cidade de ônibus.
No tempo em que paravam na cidade, escolhiam shoppings com grandes lojas, estavam sempre bem-vestidas (parecidas com as funcionárias) e esperavam até a hora do fechamento dos “alvos”.
Quando os funcionários começavam o fechamento automático das portas, acionavam um dispositivo que permitia acesso ao sistema. Depois que todos iam embora, abriam a porta, entravam nas lojas e levavam produtos escolhidos a dedo.
O foco era sempre locais de comercialização de itens de grife devido ao valor mais alto. O trio também é investigado por furtos no Paraná e Rio Grande do Sul.