Rios que alimentam polo de MS do ecoturismo e Pantanal ficam secos

Laudos vão subsidiar MPMS para aplicar medidas de recuperação no Rio da Prata e no Rio Miranda

Relatório do Ministério Público mostra trecho seco do Rio da Prata - Foto: reprodução

Os rios da Prata e Miranda, os quais têm não só importância econômica – abastecendo água direta e exclusivamente ao menos três cidades de MS ou pouco mais da metade (51%) da população sul-mato-grossense –, mas também para a manutenção de um sistema complexo de biodiversidade, têm apresentado uma série de sinais de degradação, com trechos que chegaram a secar integralmente ao longo de 11 km de percurso.

Neste ano, tanto o Rio da Prata quanto o Rio Miranda vêm sofrendo pressão diante da estiagem severa e da constatação de passivos ambientais em áreas de Cerrado. Por isso, suas respectivas sobrevidas entraram na pauta de inquéritos do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS).

As avaliações técnicas com relação às situações dos dois rios estão tramitando na 1ª Promotoria de Justiça de Jardim, município onde estão concentrados os trechos mais críticos de degradação que vem impactando negativamente os cursos d’água.

Os inquéritos pretendem dar andamento a medidas de recuperação de áreas de preservação permanente (APPs), principalmente obrigando proprietários a custearem e a implementarem essas ações.