Três deputados de MS votam para soltar suspeito de mandar matar Marielle

Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) está no presídio federal de Campo Grande

Deputados federais por MS, da esquerda para a direita: Marcos Pollon (PL), Rodolfo Nogueira (PL) e Luiz Ovando (PP) - Fotos: Arquivo/Campo Grande News

O Plenário da Câmara dos Deputados manteve, na noite desta quarta-feira (10), a prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) por 277 votos. Ele foi encarcerado no fim de março, onde permanece no Presídio Federal de Campo Grande, suspeito de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes.

Cinco dos oito parlamentares da bancada sul-mato-grossense foram favoráveis à decisão. São eles: Beto Pereira (PSDB), Dagoberto Nogueira (PSDB), Geraldo Resende (PSDB), Camila Jara (PT) e Vander Loubet (PT).

Do outro lado, 129 deputados votaram contra a prisão do suspeito. Entre os sul-mato-grossenses, estão: Rodolfo Nogueira (PL), Luiz Ovando (PP) e Marcos Pollon (PL), que optaram pela soltura. Por fim, 28 parlamentares se abstiveram da sessão.

O Plenário da Câmara acompanhou parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, que recomendou mais cedo a manutenção da prisão preventiva por crime flagrante e inafiançável de obstrução de Justiça com o envolvimento de organização criminosa.

Além do deputado, é acusado de ser o mandante do crime o seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. O processo passou a tramitar no Supremo porque ambos têm foro privilegiado.

O assassinato de Marielle ocorreu em março de 2018, no centro da cidade do Rio de Janeiro. Na época, Brazão era vereador na capital fluminense