
Uma moradora recebeu uma visita inusitada de 18 araras azuis no distrito de Camisão, em Aquidauana, a 140 km de Campo Grande. O flagrante do grupo de aves foi feito pelo empresário Reginaldo Moreira que acompanhava um fotógrafo durante a gravação de um documentário.
As imagens postada em uma rede social no última quinta-feira (11), mostra o fotógrafo da natureza André Bittar deitado no chão em busca do melhor ângulo das araras. Algumas no chão e outras em cima de uma cerca em busca de alimentos.
Segundo a bióloga Neiva Guedes, maior especialista do país em araras-azuis, esse é um momento em que as aves estão terminando o período de reprodução e por conta da cheia no Pantanal, muitas migram para lugares mais secos e costumam andar em grupos em busca de alimentos.
Ainda de acordo com Moreira, a dona da casa disse que as aves aparecem região sempre em busca de alimentos. No dia do flagrante, o fotógrafo da natureza que gravava um documentário sobre seu trabalho, estava há dois dias em busca do encontro com as araras.
“Eles ficaram encantados com tantas araras juntas. O grupo [aves] estava tão tranquilas que nem se preocupou com a nossa presença. As imagens ficaram fantásticas” finalizou.
Risco de voltar à lista dos animais ameaçados de extinção.
A bióloga Neiva Guedes, fez sobrevoos e visitas a campo no Pantanal de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul em setembro de 2020, para verificar os impactos das queimadas sobre a espécie, período em que mais de 4 milhões hectares do bioma foi destruído pelos chamas. Segundo a especialista, neste ano terá um avaliação para verificar se a espécie voltará ou não para a lista de extinção.
Na época, a especialista encontrou um cenário desolador: extensas áreas queimadas, perda de habitat, animais com fome e indícios do aumento da captura das aves para venda por traficantes de animais. Para Guedes, as araras-azuis podem voltar para a lista de animais ameaçados de extinção.