Estiagem colabora para o aumento de 172% nos focos de incêndio no MS

Corumbá é a sexta cidade do país com mais registros de queimada

Área atingida pelo fogo na Serra do Amolar (Foto: divulgação IHP)

Com maioria dos casos em áreas pantaneiras, Mato Grosso do Sul já registrou 438 focos de incêndio nos dois primeiros meses do ano, de acordo com o painel do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), atualizado diariamente. Em comparação ao mesmo período de 2023, nesta sexta-feira (23) já representa aumento de 172%.

Os casos deste ano também já superam os registrados, no mesmo período, nos anos de 2022 e 2021, que ficaram em 322 e 120 respectivamente. A alta mais recente ainda é de 2019, quando Pantanal teve o maior aumento de território queimado entre todos os biomas brasileiros.

Das cidades com mais pontos em chamas, Corumbá é o sexto do país com mais registros, com 153 focos. Já a nível estadual, Mato Grosso do Sul só fica atrás do Paraná, Mato Grosso, Pará e Maranhão.

No começo de fevereiro, o Corpo de Bombeiros atuou por 12 dias na Serra do Amolar no combate a incêndios na região. Porém, desde o dia 27 de janeiro brigadistas voluntários trabalhavam para conter as chamas na área da Reserva da Biosfera e Patrimônio Natural da Humanidade. Segundo o IHP (Instituto Homem Pantaneiro), o território é formado por morrarias, em que só é acessado pelo Rio Paraguai e a estiagem está favorecendo a propagação das chamas.

“Com base na análise de diferentes estudos, temos também o relato dos moradores de comunidades, é que o Pantanal está em processo de estiagem e essa condição favorece que incêndios propagam-se. O volume de chuva, principalmente no final do ano passado, foi menor do que ocorreu em anos anteriores”, conta Isabelle Bueno, coordenadora de operações do IHP.

“Com base na análise de diferentes estudos, temos também o relato dos moradores de comunidades, é que o Pantanal está em processo de estiagem e essa condição favorece que incêndios propagam-se. O volume de chuva, principalmente no final do ano passado, foi menor do que ocorreu em anos anteriores”, conta Isabelle Bueno, coordenadora de operações do IHP.

É importante destacar que há um decreto de emergência ambiental publicado do Ministério de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas para diversos Estados brasileiros para os riscos de Incêndios Florestais, com destaque para Mato Grosso do Sul, onde o período de maior atenção é de março a novembro deste ano.