
Luiza Brunet lembrou da vida em Mato Grosso do Sul durante uma entrevista sobre suas histórias vividas na passarela do samba. Ela falou das emoções e do ativismo na Sapucaí, mas não esqueceu de sua trajetória em Itaporã, cidade de origem, que também influenciou na sua relação com o Carnaval.
“Fui uma menina do interior, da roça, do Mato Grosso do Sul, que tive a sorte de morar em um subúrbio e conviver bastante com esse universo do Carnaval, essa cultura, que vem do subúrbio”, disse a modelo em entrevista ao O Globo.
Luiza imperou por décadas. Foi rainha de 1986 a 1994 da Portela. Na Imperatriz Leopoldinense, ficou à frente da bateria por dois períodos: de 1995 a 2005; e de 2008 a 2012. Ficou afastada do carnaval por quatro anos, retornando à Imperatriz como destaque em 2017. Depois, só voltou à passarela com a Portela no ano passado, quando mostrou seu lado de ativista, vestida com as cores da escola e um X de giz vermelho na mão, segundo ela, lembrando que o Sambódromo também é um lugar onde se pode agir politicamente.
“Meu maior momento no carnaval foi essa última passagem, por tudo o que represento agora e pelo que nós, mulheres, precisamos: de representatividade e visibilidade para estar mandando uma mensagem. Precisamos da ajuda da sociedade, que as pessoas abram os olhos. São fases da vida em que você vai amadurecendo e encontrando caminhos, e nos tornamos visíveis como mulheres. A vida segue, e você vai buscando outras formas de se mostrar, que impactem pessoas”, acrescentou na entrevista.