Culpado por usar linha que matou mulher em MS ainda não foi identificado

Cátia Pavaneli, de 34 anos, morreu na frente do filho após ser atingida no pescoço pela linha cortante

À esquerda, corpo da vítima coberto com manta térmica. (Foto: Redes Sociais)

A Polícia Civil de Três Lagoas ainda não identificou os suspeitos de envolvimento na morte da enfermeira Cátia Pavaneli, de 34 anos. A vítima perdeu a vida na frente do filho, de 5 anos, após ser atingida por uma linha cortante no pescoço. Ela e o garoto seguiam de moto pela rua Rogaciano Garcia Moreira, em Três Lagoas. O acidente aconteceu na tarde do último dia 27 de janeiro.

Conforme o delegado Gabriel Salles, adjunto da 3ª DP (Delegacia de Polícia) de Três Lagoas, testemunhas estão sendo ouvidas, mas até o momento, o culpado de soltar a pipa com a linha cortante ainda não foi encontrado.

“Os investigadores do SIG (Setor de Investigações Gerais) estão nas ruas, mas nenhum suspeito foi identificado até o momento. O acidente não foi registrado por câmeras de segurança, o que também dificulta esse trabalho”.

Gabriel Salles, delegado adjunto da 3ª DP (Delegacia de Polícia) de Três Lagoas.
Após ser atingida pela linha, Cátia perdeu o controle da motocicleta que pilotava e sofreu uma queda junto do filho. Ela chegou a caminhar por 50 metros, mas acabou perdendo a consciência. Ela morreu no local.

Várias pessoas estavam soltando pipa no momento em que a vítima foi atingida, segundo a Polícia Militar. Alguns metros de linha foram apreendidos no local e encaminhados para a perícia. De acordo com moradores, o local é muito usado por crianças e adolescentes para soltar pipa.

É crime

O uso de linhas cortantes em pipas é proibido no país. Quem é flagrado vendendo ou transportando esse tipo de linha também pode ser penalizado com pena de três meses a 1 ano de prisão. E quem comercializa ainda pode ter que pagar multa de R$ 17 mil.

Três Lagoas, inclusive, também possui lei municipal que proíbe a prática. O estabelecimento que comercializar linha cortante na cidade pode ser, imediatamente, lacrado e ter o alvará de funcionamento suspenso pelo período de três meses.
Em caso de reincidência o alvará será, imediatamente, cancelado e não mais concedido para o infrator. A fiscalização fica a cargo das forças de segurança locais, informou a prefeitura do município.