
Chegou em Brasília (DF) no fim da manhã deste domingo (10) um grupo 44 mulheres indígenas guarani kaiowá de Mato Grosso do Sul. Elas montam acampamento no Eixo Cultural Ibero-Americano, na área central da capital federal, para participar da 3ª Marcha das Mulheres Indígenas.
Este ano, a mobilização tem o tema “Mulheres Biomas em Defesa da Biodiversidade através das raízes ancestrais”, que discute a defesa dos direitos das mulheres e a preservação das culturas indígenas. A marcha também levanta temas como a luta contra o garimpo ilegal, pela demarcação de terras e pela representação indígena nos espaços de poder.
As guarani kaiowá que estarão em marcha vivem no território Nhanderu Marangatu, em Antônio João, e nas áreas de retomada Ytay e Avarete, de Dourados, além de aldeias de Amambai e Aquidauana, e na terra indígena Rancho Jacaré. São oito os indígenas homens que vivem nesses locais e as acompanham.
A mobilização é promovida pela Anmiga (Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade) e termina na quarta-feira (13). Estão previstas plenárias, grupos de trabalho e ações culturais, com shows como o da rapper indígena Anarandá, de Dourados.
Caminhada – No última dia da marcha, as mulheres sairão em caminhada pela Esplanada dos Ministérios, onde pretendem cobrar autoridades sobre carta de reivindicações entregue na pré-marcha, em janeiro deste ano.
Representantes do movimento de mulheres indígenas de outros Estados brasileiros e de outras partes do mundo também estarão presentes, como do Peru, dos Estados Unidos, da Malásia, da Rússia e da Nova Zelândia. –