
A investigação sobre o grupo criminoso, suspeito de fraudes para receber indenizações de seguros e cujo chefe foi preso há dois dias, em Três Lagoas, na região leste do estado, aponta que os envolvidos simulavam roubos à mão armada para obter indenizações.
Segundo a delegada Ana Cláudia Medina, responsável pelas investigações, 11 carretas adulteradas já foram apreendidas até o momento. “Estes veículos já eram segurados e tiveram alterações bem complexas, tanto que estamos aprofundando com exames neste sentido. São carretas que não tinham origem comprovada e acabavam sendo colocadas no seguro”, explicou ao G1.
Na sequência, ainda conforme a polícia, os suspeitos passavam a dizer que elas tinham sido roubadas. “Eles inclusive procuravam a Polícia Civil, dizendo que haviam sido roubadas à mão armada, com motorista rendido e falavam isso no boletim de ocorrência. Em seguida, pediam a indenização do seguro e a carreta retornava para as mãos deles, quando a adulteravam e a tornavam outra”, comentou Medina.
ENTENDA O CASO
O Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) deflagrou a ação nesta terça-feira (19) e diz que o grupo era especialista em fraudes para o recebimento de indenização ou valor de seguro e outros crimes. Além do mandado de prisão preventiva, também foram cumpridos mais 8 mandados de busca e apreensão.
Além de casas, os alvos também foram empresas em Três Lagoas, além de Água Clara e, simultaneamente, equipes também cumpriram mandados em Uberlândia (MG) e São José do Rio Preto (SP) e localizaram uma arma de fogo do tipo pistola, em desacordo com a legislação e ainda apreenderam montante em dinheiro, cuja origem deverá ser demonstrada.
Coordenada pelo Dracco, a ação também contou com apoio das delegacias de Três Lagoas, Água Clara, Selvíria, Uberlândia e São José do Rio Preto, além do perito do Instituto de Criminalística.