Pantanal: superfície de água aumenta em 2022, mas seca ainda preocupa cientistas

No Brasil, os municípios com maiores percentuais de redução de água são de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, no Pantanal, segundo levantamento do MapBiomas.

Rio Paraguai, principal afluente do bioma pantaneiro. — Foto: TV Morena/Reprodução

A superfície de água aumentou no Pantanal, em 2022, de acordo com levantamento do MapBiomas divulgado nesta quarta-feira (15). Mesmo com um pequeno alívio na régua de medição, o atual número segue na parte negativa e a seca ainda preocupa especialistas.

Em 2021, o número de superfície de água no Pantanal estava em -68% em comparação a média analisada. Já na nova mediação feita pelo MapBiomas, o percentual recuo cerca de 7%, indo para -61% da área de água no bioma pantaneiro.

Os dados que a gente teve para o ano de 2022 representam um alívio. Entretanto, não representam uma situação de normalidade. Apesar da maior parte dos biomas brasileiros terem tido uma tendência de aumento na superfície de água em relação a média. Porém, alguns biomas, especificamente o Pantanal, apresentaram a tendência de quantidade de água menor do que a média. Isso é um alerta, um sinal vermelho para tomarmos ações para que a situação no Pantanal não se agrave“, explica a especialista em conservação do WWF-Brasil Helga Wiederhecker.

“Especificamente no Pantanal, desde 2018 tinha uma redução da água consecutiva. Em 2022 foi o primeiro ano que teve um pequeno aumento. Mas, essa quantidade de água continua sendo uma quantidade reduzida, menor que a média para o Pantanal”, alerta Wiederhecker.

O levantamento do MapBiomas leva em consideração dados coletados desde 1985. Ao longo da série histórica,

Preocupação

Jacarés foram vistos em poça de lama na busca de água.  — Foto: Reprodução
Jacarés foram vistos em poça de lama na busca de água. — Foto: Reprodução

“Apesar do sinal de recuperação que 2022 representou, a série histórica aponta para uma tendência predominante de redução da superfície de água no Brasil”, alerta o coordenador do mapeamento do MapBiomas, Carlos Souza.