Exportações de Três Lagoas ultrapassam US$ 1,2 bilhão este ano em 8 meses

De janeiro a agosto, foi registrado um crescimento de 5,98%, embora a participação tenha caído de 35,1%, para 31,6% do total exportado pelo Estado

A celulose é o principal produto exportado pelo município de Três Lagoas - Foto: Arquivo Correio do Estado

O município de Três Lagoas está longe de perder a dianteira em termos de exportações em Mato Grosso do Sul.

Isso porque de janeiro a agosto deste ano, a Capital Mundial da Celulose exportou o equivalente a US$ 1,24 bilhão.

O número é 5,98% maior se comparado ao mesmo período do ano passado, quando o comércio exterior havia alcançado US$ 1,17 bilhão.

Se em termos de cifras os números estão melhores, o que indica a valorização de produtos cotados em dólar, a participação é que vem diminuindo diante dos outros municípios do Estado.

Ano passado, de tudo o que fora exportado de Mato Grosso do Sul, 35,1% saiu de Três Lagoas.

Este ano, a participação caiu para 31,6%. Mesmo assim, praticamente um terço das exportações de Mato Grosso do Sul saiu de Três Lagoas.

Apesar da diminuição na participação das exportações, isso não é um problema para o Estado.

A razão disso é que outros municípios vêm aumentando sua importância econômica para o cenário externo.

Antônio João, Iguatemi, Naviraí, Sidrolândia e Rochedo são cinco exemplos.

Isso demonstra que a participação no cenário exportador passa a ser dividida com outros municípios.

Além disso, este ano Mato Grosso do Sul já exportou US$ 5,5 bilhões, um crescimento de 12% na comparação com os US$ 4,9 bilhões do mesmo período do ano passado.

Mas o que mais chama a atenção nas exportações em Três Lagoas é que, aos poucos, este perfil começa a mudar.

As exportações de celulose, que neste mesmo período do ano passado, já haviam ultrapassado a barreira de US$ 1 bilhão, este ano o número se encontra em US$ 985 milhões.

A participação da celulose nas exportações caiu 2,52%.

Em 2021, de todos os produtos exportados por Mato Grosso do Sul, 20,57% eram celulose.

Este ano, essa participação caiu para 17,73%, mas como o total geral das exportações aponta para cima, a diversificação dos produtos – embora tímida – começou a sair do papel.