Preço do gás encanado sobe mais 19% neste domingo (1.mai)

A Petrobras na gestão de Jair Bolsonaro (PL) confirmou que vai reajustar os preços do gás natural nos contratos com as distribuidoras em 19% a partir de amanhã, domingo (1º.mai.22), Dia Nacional do Trabalhador. O novo valor é válido até o dia 31 de julho.

O produto é matéria-prima do GNV, do gás de cozinha encanado e é fonte de energia para diversos setores da indústria. Para botijão, o valor de referência é o GLP.

Em nota, a estatal afirmou que o reajuste decorre da atualização com base nas fórmulas acordadas, que vinculam a variação do preço do gás às variações do petróleo no mercado internacional e da taxa de câmbio. “A atualização trimestral para o gás e anual para o transporte atenua volatilidades momentâneas e assegura previsibilidade e transparência”, afirmou a estatal.

Os contratos vigentes até então, para os períodos de fevereiro, março e abril, ainda não tinham os impactos do início da guerra da Rússia contra a Ucrânia, que elevou os preços no mercado internacional.

Entre fevereiro e março, o Brent, principal referência para o petróleo, chegou próximo à casa dos US$ 130 por barril, mas nos últimos dias tem se estabilizado próximo aos US$ 100.

A Petrobras acrescentou que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da companhia, mas também pelas margens das distribuidoras e dos postos de revenda do gás natural veicular (GNV) e pelos tributos federais e estaduais.

A companhia também ressaltou que o processo de aprovação das tarifas é realizado pelas agências reguladoras estaduais. Hoje, o gás natural canalizado atende cerca de 4 milhões de clientes residenciais, comerciais, industriais, além de usuários de GNV.

QUEM USA EM MS?

Em um último levantamento divulgado no final de 2021 a Companhia de Gás de Mato Grosso do Sul (MSGÁS) disse que haviam 11.900 unidades consumidoras de gás natural em MS. Ocorreu uma considerável adesão ao gás natural na gestão de Reinaldo Azambuja (MS). Quando ele assumiu em 2015 haviam 2.895 unidades.

Na capital do estado, a companhia chegou a importantes avenidas como a Júlio de Castilho, Hiroshima e Ana Luiza de Souza e ainda aumentou pontos em lugares como rua Brilhante, av. Fábio Zahran, av. Ceará, rua Amazonas, rua 14 de Julho, av. Salgado Filho, av. Duque de Caxias, av. Cônsul Assaf Trad, av. Bandeiras e ainda av. Trindade e rua Montese compatibilizando com as obras do Reviva Centro. Os trechos compreendem ramais-troncos a partir dos quais podem-se ligar clientes num raio de até 450 metros, o que possibilitou uma grande ampliação da rede e acesso ao gás natural a mais empresas e pontos comerciais.

O interior de Mato Grosso do Sul também recebeu novas redes de gás natural. Uma das principais expansões ocorreu em Três Lagoas, cidade que já é amplamente atendida pela companhia, em pontos que contemplam as indústrias de celulose e o shopping da cidade. O Hospital Regional de Três Lagoas também é abastecido pelo gás natural distribuído pela MSGÁS.

BOTIJÃO DO GLP

Segundo a Agência Nacional do Petróleo brasileira (ANP), até este dia 30 de abril, na Capital sul-mato-grossenses, os preços nas regiões.

PREÇOS EM OUTROS MUNICÍPIOS DE MS 

A síntese dos preços praticados no gás de 13 quilos – GLP, conhecido como ‘gás de cozinha’, até este dia 30 de abril, mostra que Dourados tem praticado os preços mais elevados, cobrando até R$ 130 em um botijão. Entre os municípios mais populosos, Dourados (a 2ª maior população de MS) e Três Lagoas, são a cidade que tem praticado o gás num preço mais acessível, por lá, está sendo cobrando até R$ 115,00 no botijão, segundo o relatório da ANP. Veja a íntegra abaixo:

DADOS MUNICÍPIO
MUNICÍPIO Nº DE POSTOS
PESQUISADOS
Preço ao Consumidor
PREÇO MÉDIO DESVIO PADRÃO PREÇO MÍNIMO PREÇO MÁXIMO
Campo Grande 55 105,59 6,09 95,00 122,00
Corumbá 2 115,00 0,00 115,00 115,00
Coxim 6 127,50 2,74 125,00 130,00
Dourados 29 117,59 6,12 102,00 130,00
Nova Andradina 11 115,73 3,58 110,00 120,00
Ponta Porã 2 111,50 9,19 105,00 118,00
Três Lagoas 7 114,29 1,89 110,00 115,00

 

O impacto será sentido por motoristas que abastecem o carro com gás natural veicular (GNV) e residências que usam gás encanado. Os custos subirão ainda para o comércio e para grande parte das indústrias que também utiliza o combustível.