
O reajuste tarifário anual, estipulado pela Energisa Mato Grosso do Sul, entra em vigor a partir deste sábado (16). O aumento pode chegar a até 25% em alguns setores.
Além da alteração, a bandeira vermelha, representante da escassez hídrica, será substituída pela verde. Entretanto, não mudará significativamente o valor total da conta de energia.
A readequação representa impacto de 17,93% para consumidores de baixa tensão, como residências. Já para o setor industrial, de alta tensão, o efeito corresponde a 18,81%. No âmbito rural, também de alta tensão, o reajuste terá consequências maiores, de 25%.
De acordo com a Energisa MS, a substituição de um encargo de emergência pelo aumento tarifário deve gerar economia de apenas 2,76% para o consumidor.
O Economista Michel Constantino explica que o cenário é confuso e não há como projetar, com exatidão, os benefícios e malefícios da mudança.
“Realmente, está confuso. Pelo jeito, vai acontecer o mesmo processo do ICMS versus imposto federal, a diminuição dada pelo governo federal será capturada pela empresa, e acabamos pagando o mesmo preço mais alto”, pontua.
Mato Grosso do sul ocupa, hoje, o terceiro lugar no ranking dos estados que mais cobram por energia elétrica. Os dados são do Conselho de Consumidores da Área de Concessão da Energisa MS (Concen-MS).
A presidente do Órgão, Rosimeire Costa, relata que o descolamento do indexador IGPM dos custos da concessionária, pressionaram o índice de reajuste no Estado.
“Fizemos nosso dever de casa, conseguimos retirar R$ 101 milhões de uma situação que esteve incorreta por 20 anos, mas o cenário é desolador para o consumidor. Ninguém no Setor Elétrico está perdendo dinheiro, mas quem está pagando na ponta é a população.” ressalta.
De acordo com a representante, serviços essenciais como energia elétrica e água precisam do princípio basilar da modicidade tarifária”, termina.