Ser mulher é algo desafiador. As lutas são diárias e diversas, sempre em busca de conseguir seu espaço e o respeito na sociedade. Desde a conquista do direito ao voto, as mulheres batalham por ainda mais conquistas e voz dentro dos espaços que ocupam. Nada mais justo, tendo em vista que são elas as responsáveis pelo sustento de quase metade dos lares brasileiros.
O Jornal Cidadão MS ouviu duas mulheres que se destacam em suas atividades profissionais e buscou saber o que pensam sobre os direitos e papel das mulheres, a Secretária de Saúde de Três Lagoas, Eliane Fúrio, e a Assessora de Comunicação de Brasilândia, Patricia Acunha.
Sobre o papel da mulher na sociedade, Eliane Furio enxerga que esse papel vai muito além do carinho e cuidado associado à figura da mulher. “Hoje acredito que a mulher tem lutado e mostrado que ela pode exercer diversos papéis, de mãe, de empresária, de gestora, de chefe de família, enfim, em todo lugar que se imagina a atuação do ser humano, a mulher pode e deve ocupar esses espaços”, pontuou.
Patricia Acunha acredita que a mulher vem a cada dia conquistando seu espaço e que essa geração de adolescentes e jovens são muito mais empoderadas. A jornalista defende ainda, a importância do empoderamento financeiro para que as mulheres tomem consciência do seu papel na sociedade e de todo o potencial que possuem.
Assim como outras mulheres, também enfrentaram desafios e sofreram com o preconceito por serem mulher. A secretária de saúde falou sobre um desafio comum a todas, que é concilia a vida pessoal, repleta de obrigações, com vida profissional, e afirma que a constante cobrança por provar competência recai muito mais sobre a mulher.
Mesmo com anos de experiência na área de comunicação, Patricia aponta sua primeira graduação como sendo sua maior conquista enquanto mulher, que abriu portas e possibilitou muitas experiências. No campo profissional, Eliane disse: “Assumir a gestão da secretaria municipal de saúde foi uma das conquistas que mais me impactou até o momento, gerir um Sistema de Saúde como o SUS, em um município de tamanha relevância como é Três Lagoas, me fazem sentir orgulhosa e constantemente desafiada”.
A secretária de saúde encerrou dizendo que, apesar das conquistas, “precisamos avançar na defesa mulher em relação à violência, vejo a violência doméstica e o feminicídio como gritantes em nossa sociedade, que urge a discussão sobre o tema e o avanço dos direitos de proteção à vida das mulheres”, destacou mencionando ainda, os problemas estruturais que as mulheres encontram na busca por igualdade social em diversos aspectos.
