
Um levantamento realizado pela CNN apontou quem são os pré-candidatos para o governo estadual e para o Senado em Mato Grosso do Sul.
Os partidos podem mudar as indicações até 5 de agosto, quando acaba o prazo para a escolha de candidatos e candidatas.
Os pré-candidatos ao governo estadual
Como o atual governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), está concluindo o segundo mandato, ele não pode disputar a reeleição, e representantes de alas políticas tentarão sucedê-lo.
Eduardo Riedel (PSDB) deve ser o candidato governista na disputa. Sem nunca ter disputado eleições, o secretário de Infraestrutura de Mato Grosso do Sul chegou a ser nomeado uma das cem personalidades mais influentes do agronegócio brasileiro. Sua atuação à frente de instituições privadas e de categorias organizadas atraíram apoio político.
O ex-governador André Pucinelli é um possível candidato pelo MDB. Também ex-prefeito de Campo Grande, tem 40 anos de carreira política. Nascido na Itália, o médico esteve até 2015 como chefe do Executivo estadual.
O atual prefeito da capital Campo Grande, Marquinhos Trad, se apresenta como o nome do PSD na disputa estadual. Filho do senador Nelson Trad, Marquinhos precisará renunciar ao cargo de prefeito no começo de abril se for mesmo participar da campanha. Ele já foi vereador e deputado estadual. Formado em Direito, trabalha para angariar aliados no interior.
Na esquerda, Zeca do PT, ex-governador e figura ativa na política estadual, deve ter o apoio do ex-presidente Lula na disputa local. Em 2014, chegou a obter quase o dobro de votos do segundo colocado na disputa por vagas na Câmara dos Deputados.
No União Brasil, a deputada federal Rose Modesto deve ser a aposta. Como o apoio do atual governador foi declarado para Riedel, Rose se desfiliou do PSDB para se lançar candidata. Até o momento, ela aparece como a única mulher no páreo. A professora já foi vereadora, vice-governadora e está em seu primeiro mandato em Brasília. Ela também já tentou ser prefeita de Campo Grande.
Loester Trutis, recém-filiado ao PL de Jair Bolsonaro, quer ser o representante da direita nas eleições de Mato Grosso do Sul, apesar de ainda negociar a reeleição à Câmara dos Deputados.
Também em busca de ser o nome do bolsonarismo em Mato Grosso do Sul está Renan Barbosa Contar, o Capitão Contar (PL). Deputado estadual em primeiro mandato, ele se elegeu na onda conservadora e de renovação que marcou o pleito de 2018. Deve ser o principal adversário de Trutis na briga interna para ver quem disputará o governo pelo partido.
Os pré-candidatos ao Senado
Com a vaga da atual senadora Simone Tebet (MDB) em disputa, dois cenários são possíveis: ela pode confirmar a candidatura à Presidência da República, abrindo espaço para concorrentes, ou pode optar pela tentativa de reeleição.
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, deve disputar a vaga do Senado. Ele está no governo desde o início do período Bolsonaro. Filiada recentemente ao PP, é deputada federal.
Como contraponto a Tereza surge Luiz Henrique Mandetta, do União Brasil. O ex-ministro da Saúde, popular no começo da pandemia, acabou virando crítico da gestão federal ao discordar da forma de combate à Covid-19 adotada pelo presidente. Chegou a ser aventado como possível candidato ao Planalto, mas diminuiu as pretensões após a fusão do DEM com o PSL. As possibilidades atuais também incluem concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados ou até a vice-presidência na chapa encabeçada por Sérgio Moro (Podemos).
O governador Reinaldo Azambuja já sinalizou a intenção de concorrer à cadeira no Senado. Recentemente chegou a afirmar que deve continuar no governo até 31 de dezembro, mas segue cotado para a disputa – o que o obrigaria a renunciar em breve.
Um acordo entre o PP e o PSDB vem sendo costurado. Se a relação prosperar, Azambuja deixaria as pretensões para apoiar a ministra da Agricultura.
Pelo PSDB também aparece a possível candidatura do secretário de Saúde estadual e deputado federal licenciado Geraldo Resende. Se vingar o acordo que está sendo costurado entre os tucanos e o PP, ele tentará reeleição na Câmara Federal.
O ex-juiz federal Odilon de Oliveira (PSD) é mais um pré-candidato já anunciado. Ele chegou ao segundo turno da disputa para governador em 2018 e perdeu para Azambuja por 64 mil votos. O ex-juiz conta com o apoio do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab.
O primeiro turno da eleição de 2022 está marcado para acontecer no primeiro domingo de outubro, dia 2. E, caso seja necessário, o segundo turno será realizado no dia 30 do mesmo mês.