Levantamento realizado pelo Procon/MS (Secretaria Executiva de Orientação e Defesa do Consumidor) em setembro revelou uma discrepância considerável nos preços dos itens que compõem a cesta básica nas cidades de Campo Grande, Três Lagoas e Ponta Porã. O destaque negativo ficou por conta do tomate rasteiro, cujo preço variou 139,82% entre os municípios.
De acordo com a pesquisa, o preço médio do quilo do tomate foi de R$ 2,98 em Campo Grande, enquanto na cidade de Ponta Porã, localizada na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, o mesmo produto foi comercializado por R$ 7,14. A diferença expressiva chamou a atenção dos consumidores e das autoridades de defesa do consumidor.
A pesquisa foi realizada pela Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos), em parceria com os Procons municipais, e abrangeu 33 estabelecimentos comerciais entre os dias 11 e 20 de setembro. Foram coletados dados sobre 33 produtos que compõem a cesta básica, sendo o segmento de hortifrúti um dos que apresentou maior variação.
Cebola também apresentou alta variação de preço – Outro item que chamou a atenção no levantamento foi a cebola, com uma variação de 93,56% entre Campo Grande e Ponta Porã. O preço médio do quilo da cebola foi de R$ 3,95 na Capital e R$ 7,64 na cidade fronteiriça.
Por outro lado, o óleo de soja foi o produto que apresentou a menor variação de preço entre as três cidades pesquisadas. O preço médio foi de R$ 5,77 em Campo Grande e R$ 5,94 nos municípios do interior, demonstrando uma estabilidade maior no mercado deste produto.
Diferenças regionais nos preços da cesta básica – A pesquisa também revelou as diferenças de preços da cesta básica entre as regiões de Mato Grosso do Sul. O preço médio registrado na região centro-norte, representada por Campo Grande, foi de R$ 312. Na região leste, com Três Lagoas como referência, a cesta básica custou em média R$ 318,91, enquanto no sudoeste, representado por Ponta Porã, o valor médio foi de R$ 348,35.
Angelo Motti, secretário-executivo do Procon/MS, destacou a importância desse levantamento para o monitoramento dos preços no Estado. “Estamos ampliando, em conjunto com os Procons municipais, a abrangência de nossas pesquisas para refletir a evolução dos preços e ajudar os consumidores de todo o Estado”, afirmou. Ele ainda acrescentou que esta foi apenas a primeira fase do estudo, que incluirá outras regiões em futuras pesquisas.
Proteção e defesa dos direitos do consumidor – O levantamento faz parte de um esforço contínuo para proteger e orientar os consumidores sul-mato-grossenses. Segundo Motti, a coleta dos dados nas regiões leste e sudoeste é um trabalho em desenvolvimento, e o objetivo é ampliar ainda mais essa cobertura.
Os dados completos da pesquisa podem ser acessados no site do Procon/MS, onde os consumidores têm a oportunidade de consultar os preços por município e obter informações que auxiliem na tomada de decisões de compra mais conscientes.