Nesta terça-feira, 1º de outubro, é comemorado o Dia Nacional do Respeito aos Idosos. Além de homenagear as pessoas idosas, a data visa enxergar eles como fontes preciosas de experiência, sabedoria e história. Atualmente, Mato Grosso do Sul conta com 2.757.013 pessoas, sendo que 391.091 têm 60 anos ou mais.
Conforme o último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), referente ao ano de 2022, cerca de 14,2% da população sul-mato-grossense é composta por pessoas acima de 60 anos.
A concentração das pessoas com 60+ no Estado está justamente em Campo Grande, com 134.375 idosos. Em contrapartida, a menor cidade do Estado com concentração de idosos está em Jateí, com 515 idosos.
Confira a quantidade de pessoas com 60 mais por cidades de Mato Grosso do Sul:
Para a aposentada Geni Passos, de 69 anos, ela está ‘envelhecendo’ da melhor forma possível. Ela foi diagnosticada com depressão, mas viu na musculação uma forma de ressignificar a vida.
A aposentada ressalta que, aos 69 anos, se encontra bem consigo mesma. “Posso chegar aos 80 anos, mas aos 69 me encontro bem comigo e quero ir melhorando cada vez mais, porque tudo depende de mim. Eu tenho que fazer a vida ficar boa”, pontuou.
“Eu tinha depressão e outras doenças. O médico recomendou que eu começasse a fazer academia, e com a prática de esportes, tudo melhorou”, ressaltou.
Para ela, ir à academia é um momento de lazer, graças às amizades que criou. “Eu tenho tantos amigos aqui [na academia]”, disse.
Morando em Campo Grande há mais de 40 anos, Geni veio de Dourados e encontrou significado na vida na capital. “Eu gosto de Campo Grande. Morava em Dourados. Campo Grande é um lugar bom para se viver. Sabendo viver, em qualquer lugar é bom. Viver é bom: primeiro viver a vida espiritual, depois a saúde mental, material e emocional. Além da prática de esportes”, finalizou.
Registro de violências contra a pessoa idosa em Mato Grosso do Sul
A Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) registra inúmeras ocorrências de violência contra a pessoa idosa em Mato Grosso do Sul.
Conforme os dados da Secretaria, em 2023 houve 2.654 registros de ocorrências dos mais variados gêneros de violência contra os idosos. Nesse sentido, mais da metade das ocorrências registradas ao longo do ano estavam como “violência doméstica”, que somam 1.559. Sendo que aproximadamente 34,5% dessas ocorrências de violência doméstica registradas em Mato Grosso do Sul, estão em Campo Grande.
Seguido da violência doméstica (1.559), está o estelionato contra a pessoa idosa. Ao longo de 2023, foram registradas 847 denúncias.
Até agosto deste ano, houve o registro de 1.949 ocorrências de violência contra o idoso, no geral. Neste ano, os números também estão sendo puxados pela violência doméstica, com 1.033, seguido por estelionato 704.
A princípio, até agosto deste ano, as ocorrências em Campo Grande estão com maiores números para o registro de estelionato, sendo 393, seguido por violência doméstica com 353.
Mudança do “Dia Nacional do Idoso” para “Dia Nacional do Respeito aos Idosos”
A Lei nº 11.433, de 28 de dezembro de 2006, instituiu todo dia 1º de outubro de cada ano, a ser celebrado o Dia Nacional do Idoso. Logo depois, a Lei nº 4720/23 alterou a nomenclatura para Dia Nacional do Respeito aos Idosos.
Com o intuito de regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, no Brasil, em 1º de outubro de 2003, foi aprovada a Lei nº 10.741, do Estatuto do Idoso.
A garantia de prioridade entre os idosos compreende:
- Atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população;
- Preferência na formulação e na execução de políticas sociais públicas específicas;
- Destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à pessoa idosa;
- Viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio da pessoa idosa com as demais gerações;
- Priorização do atendimento da pessoa idosa por sua própria família, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos que não a possuam ou careçam de condições de manutenção da própria sobrevivência;
- Capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas áreas de geriatria e gerontologia e na prestação de serviços às pessoas idosas;
- Estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divulgação de informações de caráter educativo sobre os aspectos biopsicossociais de envelhecimento;
- Garantia de acesso à rede de serviços de saúde e de assistência social locais.